Maria Cristina de Araújo Rocha, presa em flagrante após chamar de "macaco" um agente da Polícia Federal (PF), foi liberada em decisão de juiz da 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo.
A mulher foi autuada por injúria racial e o crime aconteceu enquanto a pensionista tentava deixar uma coroa de flores na calçada da casa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em São Paulo, onde ele se recuperava da cirurgia para drenar um hematoma intracraniano.
Segundo as informações do caso, a caminho da delegacia, na viatura, ela também teria dito que, pelo tamanho, o policial não seria um "macaco" e sim um "gorila".
Maria Cristina passou por uma audiência de custódia, que é um procedimento padrão com o objetivo de o juiz avaliar a legalidade da prisão e o tratamento dispensado ao preso.
A decisão da soltura foi do juiz Marcelo Duarte da Silva, da 2.ª Vara Federal Criminal de São Paulo, que contrariou o Ministério Público Federal. O MPF havia pedido a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva.
"O crime imputado à custodiada não foi praticado com violência ou grave ameaça à pessoa, pelo que a soltura, ao menos em princípio, não trará riscos à ordem pública além daqueles a que a sociedade está obrigada a suportar diariamente", diz a decisão
Ela precisará cumprir uma série de medidas cautelares, como recolhimento domiciliar noturno e proibição de viajar para fora do Brasil. Maria Cristina tem cidadania suíça. Também está proibida de chegar a menos de 200 metros da casa de Lula.
Maria Cristina tem um antecedente criminal, por injúria racial, contra um diplomata chinês.