A mineira Carolina Arruda, que convive com a 'pior dor do mundo' e repercutiu nas redes sociais ao pedir ajuda para realizar eutanásia na Suíça, passou por mais uma etapa do tratamento para amenizar os sintomas.
Carolina fez um procedimento cirúrgico no último sábado (17) para implantar uma bomba de morfina - fármaco que tem alto poder analgésico. Ela afirmou em suas redes sociais que a cirurgia foi bem sucedida, mas que só irá saber se as dores serão atenuadas nos próximos dias.
“Temos que aguardar 24h para ajustar certinho a dose e mais alguns dias para ter certeza que deu certo. Eu ainda sigo com dores, senti muitas crises durante a madrugada na UTI”, contou.
Carolina já recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e deve permanecer hospitalizada por mais alguns dias.
A jovem de 27 anos convive há onze anos com neuralgia do trigêmeo. Com dores comparadas a choques elétricos e até facadas, a doença afeta do trigêmeo, um dos maiores nervos do corpo humano, que controla as sensações que se espalham pelo rosto.
A dor provocada pela condição é incapacitante e impede que a pessoa consiga fazer atividades simples do dia a dia.
A bomba de morfina foi alocada na região abdominal e é ligada até a região da cabeça, o mais próximo do nervo possível. O equipamento é programado para liberar doses de morfina ao longo do dia e aliviar os sintomas.
'Última tentativa'
Segundo Carolina, a implantação da bomba de morfina será sua última tentativa de aliviar a dor. Após a repercussão do caso, a jovem começou o novo tratamento com quatro opções cirúrgicas.
“O primeiro plano era a implementação de eletrodos, que foi o que eu fiz e não resolveu. O segundo plano é a bomba de morfina. [...] Eu cheguei a decisão que essa cirurgia da bomba será meu último tratamento”, contou em suas redes sociais.
Ela afirma que não irá tentar as outras duas opções cirúrgicas, pois os procedimentos têm alto risco e se tornam mais complexos por cirurgias anteriores que ela realizou.
Carolina afirma que seu objetivo é diminuir pelo menos 50% da dor com a bomba de morfina. “Vocês não imaginam como eu estou exausta de fazer cirurgia, fazer tratamento e a dor não passar”, relatou.