O suspeito de dirigir a BMW conversível que atropelou e matou o fisioterapeuta Fábio Toshiro no Rio de Janeiro, no dia do casamento dele, estava a uma velocidade entre 92 km/h e 118 km/h, segundo conclusão do laudo da perícia divulgado pelo Fantástico deste domingo (25). Em determinados trechos da via, segundo os laudos, o carro teria passado de 150 km/h.
Os peritos estimam que, se Vitor Vieira Belarmino estivesse trafegando no limite de velocidade (70 km/h), teria condição de parar o carro antes de atingir Fábio. O motorista não prestou socorro e está foragido desde o atropelamento.
Segundo a reportagem, a perícia também analisou imagens de um vídeo gravado dentro do carro na noite do acidente que indicam que o condutor estaria fumando um cigarro eletrônico ao volante.
Os peritos analisaram ainda uma motocicleta que passou pelo local segundos antes do atropelamento. A defesa de Vitor Vieira afirmava que o motociclista teria empurrado Fábio Toshiro, mas a perícia concluiu que a moto estava a 1,5 metro da vítima, e, por isso, seria impossível qualquer tipo de contato do condutor da moto com o fisioterapeuta.
Segundo a advogada da enfermeira Bruna Toshiro, esposa da vítima, o motociclista foi uma das pessoas mais prestativas para tentar solucionar o acidente e socorrer a vítima. "Foi ele quem fotografou a placa do automóvel, quem avisou a polícia. Ele retornou ao local e ficou ali o tempo todo prestando socorro até que o corpo fosse removido", disse Tathiana Costa à reportagem.
O delegado que investiga o caso só vai se pronunciar quando o inquérito for concluído.
Velocidade máxima deve ser reduzida
A Prefeitura do Rio anunciou que vai instalar 20 quebra-molas ao longo de toda a extensão da via do acidente, a avenida Lúcio Costa, que tem 15 quilômetros. A Prefeitura também estuda reduzir o limite de velocidade de 70 km/h para 60 km/h.
A esposa de Fábio Toshiro criou um perfil no Instagram para tentar conseguir pistas de Vitor Vieira e ajudar nas investigações.
"Eu não desejo essa dor para ninguém. As pessoas [próximas a Vitor] poderiam se colocar um pouco no meu lugar e entender que ninguém gostaria de estar passando por isso. Acho que poderiam se mobilizar e falar pra ele: 'olha, vai lá, assume o que fez'", disse.
Bruna Toshiro espera que o caso seja solucionado o quanto antes, para que ela e as famílias possam viver o luto da perda e seguir em frente.