O nível de monóxido de carbono (CO) na atmosfera é considerado altíssimo neste momento na região amazônica, no Centro-Oeste, na Região Sul e em São Paulo, conforme publicação da MetSul Meteorologia, na quinta-feira (12). O fenômeno está ligado às queimadas registradas no Brasil e em outros países da América do Sul, como Bolívia e Paraguai.
As informações foram analisadas com base nos dados captados pelo satélite europeu Sentinel-2. No Brasil, o nível mais alto do gás está no Sul do Amazonas, que é conhecido como arco do desmatamento, além de Rondônia.
O monóxido de carbono não possui cheiro nem cor, mas é muito perigoso para a saúde humana. Em ambientes fechados e com emissão local, por exemplo, o gás pode ser fatal. O CO é um poluente monitorado em diversos países, como os Estados Unidos.
As pessoas que inalam o monóxido de carbono têm uma diminuição do suprimento de oxigênio do corpo, o que pode causar:
- Dor de cabeça
- Redução do estado de alerta
- Agravamento de angina (problema cardíaco)
Os efeitos cardiovasculares podem ser agravados com a exposição ao monóxido de carbono durante o aumento do esforço físico. Os sintomas no corpo podem se estender por dias após a exposição ao gás.
Além disso, toda fumaça contém o monóxido de carbono e material particulado (fuligem) relacionado a produtos químicos. Assim, a exposição à fumaça pode causar irritação nos olhos, nariz e garganta.
Também pode haver prejuízo para o funcionamento dos pulmões, sendo um risco maior para pacientes com problemas cardiovasculares ou respiratórios.
Alto nível de CO
O monóxido de carbono não tem efeito na temperatura, diferente do metano e do dióxido de carbono. Contudo, o CO prejudica a capacidade da atmosfera se limpar de outros gases poluentes e, em composição com outros gases, piora a qualidade do ar.
A fumaça de incêndios em floresta, cultura, estruturas, pneus, resíduos e queima de madeira, por exemplo, é uma mistura de partículas e produtos químicos produzidos pela queima incompleta de materiais contendo carbono.