Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos, divulgou o aporte de US$ 50 milhões ao Fundo Amazônia durante a visita a Manaus, no Amazonas, neste domingo (17). No discurso, o gestor avalia deixar uma "base forte" na área ambiental para o sucessor Donald Trump. As informações são do g1.
Com isso, as contribuições dos EUA subiram para US$ 100 milhões, com valor ainda sujeito a aprovação do Congresso. A ideia é aplicar os recursos para conservar terras e águas, proteger a biodiversidade e enfrentar a crise climática.
O presidente divulgou o investimento no Museu da Amazônia (Musa), ao se encontrar com lideranças indígenas. O anúncio acontece como uma das atuações finais de Biden que deve deixar o cargo em dois meses.
"Estou saindo da presidência em janeiro e vou deixar ao meu sucessor uma base muito forte, se eles decidirem seguir esse caminho. Alguns podem negar ou atrasar a revolução de energia limpa que vem acontecendo nos EUA, mas ninguém pode revertê-la", avaliou Biden.
Ainda sobre o tema, o presidente aponta a necessidade de unir a estratégia econômica à pauta ambiental. "A luta contra a mudança climática vem sendo a causa da minha presidência. Não é preciso escolher entre economia e meio ambiente. Nós podemos fazer as duas coisas", acrescentou.
Além disso, Biden ressaltou a importância da região para o Planeta. "Muitas vezes foi dito que a Amazônia é o pulmão do mundo. Mas, a meu ver, nossas florestas e maravilhas são o coração e a alma do mundo", concluiu.
Agenda da visita
Biden chegou em Manaus, neste domingo (17), para uma visita histórica à região amazônica. Também veio ao País a filha Ashley e a neta Natalie, conforme a agência de notícias AFP. A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, faz parte da comitiva.
O democrata fez um sobrevoo pela região em um helicóptero modelo VH-60N White Hawk por volta de 14h. A escolta do grupo foi feita por outros seis helicópteros da Força Aérea Americana.
O passeio foi para conhecer o Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões, a Reserva Florestal Adolpho Ducke e o Museu da Amazônia e durou até às 14h42.
Pouco tempo depois, às 15h20, Biden chegou ao Musa acompanhando da pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Camila Ribas e do CEO da Mombak, empresa que negocia créditos de carbono, Peter Fernandez.
O presidente fez uma trilha em um trecho de vegetação nativa dentro do museu e onde se reuniu com lideranças indígenas. Uma declaração à imprensa também está na agenda do líder americano, que deve assinar uma proclamação designando o dia 17 de novembro como o Dia Internacional da Conservação.
Momento histórico
Biden é o primeiro presidente em exercício dos Estados Unidos a visitar a região da Amazônia brasileira, conforme a Casa Branca.
O gestor foi recebido pela embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Bagley, pelo governador do Amazonas, Wilson Lima e pelo prefeito de Manaus, David Almeida.
O climatologista brasileiro Carlos Nobre, referência nos estudos sobre os efeitos das mudanças climáticas na Amazônia, também acompanha o presidente americano durante a visita.