As roupas íntimas femininas de Camille Vitória, 21 anos, foram encontradas pela Polícia Civil na casa de um dos suspeitos do desaparecimento da jovem. Conforme o GLOBO, no local também havia preservativos, medicamentos para disfunção erétil, comprovantes de pix e cartões de crédito e débito de mulheres.
O suspeito trabalha em um clube em Anchieta, no Rio de Janeiro, sendo o mesmo local em que Camille fazia serviço de freelancer. Ele sumiu depois da repercussão do desaparecimento da jovem, que foi vista pela última vez na sexta-feira (5).
No dia, ela saiu de casa para uma entrevista de emprego na Central do Brasil. A avó dela detalhou que o suspeito intermediava uma proposta de emprego para a neta, e que chegou a procurar Camille diversas vezes na casa delas. Para os familiares, ela foi vítima de uma emboscada. O caso está a cargo da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).
Camille foi encontrada morta na Baixada Fluminense, na segunda-feira (16), dez dias após o início das buscas. O local onde o corpo foi achado foi apontado pelo suspeito que trabalhava no clube.
Mensagens suspeitas
Segundo a família da jovem, cerca de duas horas após sair, Camille mandou uma mensagem para uma tia dizendo que tinha encontrado uma amiga e que precisava resolver um "assunto" em Campo Grande, na zona oeste da capital fluminense.
"Vou te mandar um áudio aí, mas não precisa falar nada para ninguém. É só para disfarçar um negócio aqui", escreveu Camille. Já no áudio, dizia: "Oi. Eu encontrei com uma amiga aqui no Centro, com a Nina. Aí eu vou ter que fazer um favor para ela em Campo Grande. Eu vou chegar um pouquinho tarde, tá?".
Contudo, depois disso, ela não deu mais notícias, e o telefone permanece desligado.
Camille trabalhava como garçonete em clubes de Anchieta. Ela tem três filhos e mora com a mãe e a avó. O sumiço foi registrado na 31ª Delegacia de Polícia.