Em comunicado na televisão, o Grupo Carrefour manifestou-se oficialmente sobre os recentes casos de racismo ocorridos nos estabelecimentos da rede. No pronunciamento, divulgado na noite dessa terça-feira (11), a empresa classificou os episódios como “lamentáveis”.
Conforme informado pelo grupo, o Carrefour tem “tolerância zero” com práticas racistas. A empresa ressaltou ter implementado mais de 50 ações antirracistas nos últimos dois anos, além de afirmar que metade de seus colaboradores são pessoas negras.
Ainda no comunicado, a rede argumentou ter o “maior projeto de bolsas de graduação, mestrado e doutorado para pessoas negras”, e divulgou a criação do primeiro curso superior para agentes de segurança antirracistas, em parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares.
Finalizando o pronunciamento, o grupo declarou: "A luta antirracista não começou ontem e não termina amanhã. Faremos uma grande mobilização de combate ao racismo."
CASOS DE RACISMO
Na última sexta-feira (7), Vinícius de Paula, esposo da atleta Fabiana Claudino, denunciou o Carrefour, afirmando ter sido vítima de racismo em uma das unidades da rede, em São Paulo.
Dois dias antes, uma professora negra andou pelos corredores do Atacadão, supermercado pertencente ao grupo Carrefour, só com as roupas íntimas, como forma de denunciar racismo que teria sofrido de um dos seguranças do local.
Em 2020, João Alberto Silveira Freitas morreu após ser agredido brutalmente por dois seguranças no estacionamento do Carrefour, em Porto Alegre.