Imagens de câmera de segurança revelam que ministro não estava envolvido em denúncia de racismo

Ministro Mauro Vieira não estava no apartamento e foi confundido com administrador do apart-hotel

A camareira de um apart-hotel no Rio de Janeiro, localizado no bairro Leblon, na Zona Sul da cidade, registrou queixa na sexta-feira (8) por injúria racial após afirmar ter sido chamada de “preta suja”. O caso foi registrado na 14ª DP (Leblon), segundo informações do portal g1, mas na denúncia a identidade do suspeito foi confundida com Ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira. 

O suspeito do crime aparece nas imagens de segurança e foi identificado como Marcos José Pieroni dos Santos, administrador de um imóvel no Top Leblon Apart Hotel, que pertence ao ministro. 

Investigação da Polícia Civil constatou que Mauro Vieira não estava no local no momento do ocorrido.

Conforme o Itamaraty, Mauro Vieira estava em uma entrevista em Copacabana e não possui envolvimento no caso. Até então, a investigação aponta que o homem acusado pela funcionária em questão é apenas o administrador do apartamento.

Xingamentos

Segundo o portal g1, Marcos José Pieroni solicitou entrada no apartamento 801, pedindo a uma funcionária para abrir a porta com a chave-mestra. No entanto, a mulher negou, afirmando que não tinha autorização para tal.

Logo após a primeira negativa, Marcos teria proferido uma série de reclamações, se dirigindo também à camareira para reforçar o pedido de entrada. Também negando a entrada, ela conta que começaram os insultos.

“Você é uma preta suja. Isso que você é: uma preta, suja. Esse hotel tem que se proteger de vocês, seus pretos”, disse a camareira, que aponta que uma das moradoras presenciou a situação.

A entrada de Marcos no apartamento ocorreu apenas após alguém de dentro do imóvel abrir a porta para que ele entrasse.