Um acidente com um ônibus que deixou ao menos 51 pessoas mortas na Guatemala nesta segunda-feira (10). O veículo transportava mais de 70 pessoas caiu em um barranco em baixo da Ponte na entrada da Cidade da Guatemala, capital do país.
"Foi formado um comando unificado com as diferentes instituições de alerta do país, onde realizamos um trabalho eficaz removendo um total de 51 corpos", informou José Santizo, membro do Corpo de Bombeiros municipal.
Abaixo da ponte onde fica o precipício corre um rio contaminado com esgoto, o que complicou os esforços de resgate. A maioria das vítimas já foi retirada, segundo relatos e imagens dos bombeiros.
Uma operação conjunto entre os bombeiros, policiais e Cruz Vermelha ainda trabalham para resgatar vítimas entre o metal retorcido do ônibus que caiu da Ponte de Belize, a principal ligação entre a capital e o norte e nordeste do país.
Segundo as autoridades, o ônibus viajava de uma cidade em San Cristóbal Acasaguastlán (leste) para a Cidade da Guatemala.
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Veículo tinha 30 anos de operação
O ministro das Comunicações, Miguel Ángel Díaz, disse que as investigações iniciais indicam que o veículo estava em operação há mais de três décadas, mas tinha licença válida para circular.
"É um ônibus que está em operação há mais de 30 anos, é um modelo de 1995", disse em entrevista coletiva. Ele também disse que ainda estão investigando as causas do acidente e se o veículo transportava mais pessoas do que sua capacidade.
As primeiras informações dão conta que o motorista perdeu o controle do ônibus e colidiu com vários veículos leves antes de cair no penhasco, segundo Carlos Hernandez, do Corpo de Bombeiros local.
"O ônibus seguia viagem, rompeu uma barreira de metal e caiu em um barranco de aproximadamente 20 metros até chegar onde fica o rio de água de esgoto (contaminada)", explicou.
Luto nacional
O presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, declarou "luto nacional". "Hoje é um dia difícil para a família guatemalteca. A tragédia da ponte de Belize é uma dor nacional que eu lamento pessoalmente e lamentamos como governo", disse Arévalo, que acrescentou que é uma situação que "destrói a nação".
Arévalo disse que instruiu membros do Exército e da Defesa Civil a "ativar critérios especiais extraordinários" para "apoiar o atendimento médico dos feridos e, em geral, a atenção a esta situação".
O prefeito da capital, Ricardo Quiñónez, também lamentou "profundamente" o acidente.
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