Pelo menos 40 soldados e uma dúzia de civis foram mortos nesta quinta-feira (24) nas primeiras horas da invasão russa da Ucrânia, anunciou à imprensa um assessor do presidente ucraniano Volodimir Zelensky.
"Sei que mais de 40 soldados ucranianos foram mortos e várias dezenas estão feridos e fala-se de uma dúzia de civis mortos."
Essas perdas foram causadas por ataques aéreos e de mísseis na manhã desta quinta, explicou.
Fuga da Capital
Uma cena de caos acontece nas primeiras horas desta quinta-feira (24) em Kiev, capital da Ucrânia. Milhares de moradores de Kiev tentam deixar a cidade após a Rússia começar a invadir diversas partes do país.
Agências de notícia internacionais captaram imagens do trânsito congestionado na cidade, principalmente nos corredores de acesso às saídas da capital. Inúmeras filas nos postos de combustíveis e supermercados foram registradas. Pessoas tentam fazer estoque de mantimentos, temendo a instabilidade dos próximos dias.
Milhares de pessoas também lotam as estações de ônibus e trens do metrô, a maioria carregando com muita bagagem.
'Quem interferir terá consequências'
Durante a madrugada desta quinta-feira, a Ucrânia declarou que o ataque da Rússia teve início em seu país. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, alertou para que nenhum país interfira na ação russa na região separatista do país vizinho e ameaçou dar "consequências" para aqueles que insistirem.
“Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”, disse o líder russo.
Ele ainda afirmou que "todas as decisões já foram tomadas e que os russos precisam se preparar para mudanças nos próximos dias", reforçando que a responsabilidade pela guerra e suas consequências é da Ucrânia.
"Toda responsabilidade será do regime da Ucrânia. Todas as decisões já foram tomadas. A verdade está do nosso lado. Os objetivos serão atingidos".
Putin alertou os russos precisam se preparar para alterações na vida cotidiana no país, já prevendo sanções mais severas por parte dos Estados Unidos e aliados. "Será necessário se adaptar às mudanças que podem acontecer", afirmou.