Saiba quem é Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul que decretou lei marcial no país

Yoon foi eleito na eleição presidencial de 2022, mas perdeu apoio popular nos últimos meses

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, decretou lei marcial no país nesta terça-feira (3), alegando que a oposição ao governo estaria se aliando à Coreia do Norte. Segundo ele, a decisão teria como objetivo "proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas", país com o qual a Coreia do Sul continua tecnicamente em guerra.

Quem é Yoon Suk Yeol?

Yoon Suk Yol venceu uma eleição acirrada em 2022, logo após ganhar notoriedade como promotor durante investigações de escândalos de corrupção na Coreia do Sul. 

Logo após eleito, ele manteve o discurso menos diplomático em relação aos norte-coreanos, mas recuou de promessas mais controversas, como a abolição do Ministério da Igualdade de Gênero.

Yoon nasceu em Seul em 1960, estudou direito e teve importante papel na condenação da ex-presidente Park Geun-hye por abuso de poder. Ele foi considerado o principal país em 2019, época em que indiciou um importante assessor do presidente Moon Jae-in por fraude e suborno.

Na época, Yooh se tornou ícone para conservadores, saindo como candidato pelo partido People Power. Entretanto, a situação após eleito foi de derrocada, já que viu os índices de aprovação despencarem nos últimos meses.

Os escândalos, inclusive, se multiplicaram. Investigações independentes sobre a esposa dele e altos funcionários foram barradas, assim como as repreensões a rivais políticos cresceram exponencialmente.

Pesquisas de opinião apontam, inclusive, que o líder da oposição Lee Jae-myung, que perdeu para Yoon em 2022, é visto como o favorito para a próxima eleição presidencial em 2027.

Agora, com a lei marcial decretada, todas as atividades políticas estão proibidas na Coreia do Sul e os meios de comunicação estão sob controle do governo. A informação foi divulgada pelo chefe do Exército, Park An-su, em um comunicado.

Yoon acusou os legisladores da oposição de cortar "todos os orçamentos-chave para as funções fundamentais do país, como a luta contra os crimes relacionados com as drogas e a manutenção da segurança pública". Acusou-os também de serem "forças antiestatais, que tentam derrubar o regime".