O Ministério da Defesa da Rússia informou que um navio antissubmarino local forçou um submarino americano a sair de águas territoriais no Pacífico, neste sábado (12), em meio à tensão entre os dois países pela situação na Ucrânia.
O destróier "Marechal Shaposhnikov" detectou o submarino americano perto das Ilhas Curilas e intimou-o a "sair à superfície", sem obter resposta, relatou o comunicado do órgão.
O navio russo então usou os "meios apropriados" para forçar o submarino americano "a sair das águas territoriais russas a toda velocidade", acrescentou a nota, especificando que o incidente ocorreu às 4h40 (horário de Brasília).
O submersível americano foi detectado durante exercícios de rotina pela Frota Russa do Pacífico perto da Ilha Urup, do arco insular das Curilas.
O incidente ocorreu poucas horas antes de uma conversa por telefone entre os presidentes Vladimir Putin e Joe Biden para tentar desativar as tensões sobre a Ucrânia, uma ex-república soviética na Europa Oriental ameaçada, segundo os Estados Unidos, por uma iminente invasão russa.
Invasão à Rússia
Os Estados Unidos afirmaram nessa sexta-feira (11) que a Rússia poderia invadir a Ucrânia antes do encerramento dos Jogos Olímpicos, em 20 de fevereiro, revivendo o fantasma de uma guerra na Europa, em uma escalada dramática que se seguiu a uma intensa fase diplomática.
"Uma invasão poderia ocorrer a qualquer momento se Vladimir Putin decidir ordená-la", alertou conselheiro da Casa Branca para a Segurança Nacional, Jake Sullivan. "Poderia começar durante os Jogos Olímpicos, apesar de que se especule muito que só ocorrerá depois dos Jogos".
Segundo o funcionário, existe uma "possibilidade muito clara" de que a Rússia invada a Ucrânia, mas desconhece se o líder russo tomou a "decisão final".
Diante desta ameaça, Biden falou neste sábado (12) por telefone com Putin sobre a crescente crise sobre a Ucrânia. A conversa terminou às 17h06 GMT (14h06, no horário de Brasília) e durou pouco mais de uma hora, disse uma autoridade.