Leslie Van Houten, de 73 anos, saiu de uma prisão na Califórnia nesta terça-feira (11). Ela é a primeira mulher que fazia parte da seita liderada pelo criminoso Charles Manson a ser liberada.
Condenada à prisão perpétua, Van Houten passou mais de 50 anos presa e deve cumprir o restante da pena em liberdade condicional. Ela foi considerada culpada por envolvimento na morte do casal Leno e Rosemary LaBianca, em 1969.
Leslie deixou a prisão no início da manhã e foi levada para um alojamento provisório, segundo divulgado pelo Los Angeles Times. A Suprema Corte da Justiça da Califórnia entendeu que ela tem os requisitos para liberdade condicional.
Conforme a juíza Helen I. Bendix, “Leslie Van Houten tem apresentado esforços de reabilitação extraordinários, perspicácia, arrependimento, planos realistas de liberdade condicional, apoio da família e amigos, além de relatórios institucionais favoráveis.
Sharon Tate e outras vítimas
A “família Manson” foi um grupo liderado pelo criminoso Charles Manson, nos anos 60, nos Estados Unidos. Os integrantes da seita acreditavam em uma suposta guerra racial e uma visão apocalíptica do mundo, e se envolveram em uma série de crimes e assassinatos.
O grupo cometeu uma série de nove assassinatos na Califórnia, entre julho e agosto de 1969. Entre as vítimas, estão a modelo Sharon Tate e o casal LaBianca.
Sharon estava grávida de 8 meses quando foi morta, em agosto de 1969, com 16 facadas. O bando de Manson invadiu a casa onde ela estava com amigos e massacrou todos.
No dia anterior, o comerciante Leno LaBianca e sua esposa, Rosemary, foram mortos na própria casa pelo grupo. O sangue dos dois foi espalhado pelas paredes da residência. Van Houten teve a participação comprovada no crime.
Charles Manson morreu aos 83 anos em novembro de 2017, após 48 anos detido em uma prisão na Califórnia. Ele foi condenado à morte, mas a pena foi comutada para prisão perpétua.