Amigos, familiares e líderes mundiais, enfim, se despedem da rainha Elizabeth II. O corpo da monarca foi sepultado nesta segunda-feira (19), na cripta onde também repousam seus pais e o marido.
O último cortejo em homenagem à rainha aconteceu no castelo de Windsor e reuniu a família real. Marcharam, no ato, os filhos de Elizabeth II, liderados pelo rei Charles III, e seus três netos: Peter Phillips e os príncipes Harry e William.
Antes de o caixão ser conduzido à Capela de St. George, também puderam se despedir de sua tutora os cães Muick e Sandy, da raça corgi, "fiéis escudeiros" da rainha.
Além disso, a imprensa estrangeira repercutiu que Emma, a égua favorita da monarca, foi retirada do estábulo para acompanhar o episódio.
Fim da era 'elisabetana'
Elizabeth II morreu aos 96 anos, após 70 anos de reinado. A "segunda era elisabetana" foi encerrada simbolicamente nesta segunda, quando o mais alto funcionário da Casa Real quebrou o bastão da governante.
O cortejo de mais de 40 quilômetros foi acompanhado por milhares de pessoas que se reuniram na avenida que leva ao castelo de Windsor.
"Vim prestar meus respeitos e cumprimentá-la uma última vez quando o carro fúnebre passou. Como veterano militar, era meu dever [...] e eu não poderia estar mais orgulhoso por ela estar enterrada em Windsor", disse à AFP Robert MacDonald, um morador local que estava uniformizado.
O Coral da Abadia de Westminster e o Coral da Capela Real entoaram cânticos para os quase 2 mil participantes da cerimônia, incluindo centenas de governantes e monarcas do mundo, como o presidente norte-americano Joe Biden e o presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL).
Na parte final da cerimônia, todo o país respeitou dois minutos de silêncio, das ruas aos parques, incluindo os pubs, onde muitos acompanharam a cerimônia pela televisão.
O funeral de Estado terminou com o hino nacional, "Deus salve o Rei", cantado em homenagem ao novo monarca Charles III.
Reinado
Elizabeth II assumiu o trono em 1952, em um Reino Unido ainda abalado pelo pós-guerra, e faleceu em 2022, no pós-pandemia e Brexit.
Ela conheceu 15 primeiros-ministros, de Winston Churchill à atual Liz Truss, assim como figuras históricas que incluem o soviético Nikita Khrushchev, a madre Teresa de Calcutá e o sul-africano Nelson Mandela.