Bilionários ucranianos estão saindo do país temendo que a Rússia invada a nação. Segundo o portal Ukrayinska Pravda, cerca de 20 aviões fretados e jatos particulares saíram da capital Kiev apenas neste domingo (13).
O multibilionário e presidente do clube de futebol Shakhtar Donetsk, Rinat Akhmetov, e o líder político Borys Kolesnikov estariam entre os nomes que deixaram o territória da Ucrânia. O ex-vice-primeiro-ministro negou ter deixado o país, e justificou afirmando que a aeronave embarcou para Praga, na República Tcheca, apenas para manutenção.
Apesar do veículo aéreo decolar da nação no domingo, o empresário já teria saído em direção a Zurique, na Suiça, ainda em 30 de janeiro.
A publicação ainda cita o nome do milionário Igor Abramovich, que teria pago um avião para 50 pessoas, entre elas políticos e parceiros de negócios, com destino a Viena, na Áustria.
Os empresários Viktor Pinchuk, Oleksandr Yaroslavskyi, Andriy Stavnitser, Vadym Nesterenko, Vadym Stolar e Vasyl Khmelnytskyi também estão na lista divulgada pelo portal. A assessoria de imprensa de Stavnitzer declarou que ele apenas viajou a negócios e retorna à Ucrânia em breve, enquanto Khmelnytsky disse que volta ao país no próximo dia 20.
Rússia cita possível acordo
A Rússia estimou nesta segunda-feira(14) que há uma "possibilidade" de resolver a crise ucraniana por meio do diálogo com os países ocidentais, em um momento em que a diplomacia se intensifica, mas parece não dar frutos nesta crise, a pior desde a Guerra Fria. A declaração foi do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, durante uma conversa por vídeo com o presidente Vladimir Putin.
O caminho do diálogo "não se esgotou, mas também não pode durar indefinidamente", acrescentou Lavrov, enfatizando que a Rússia está pronta para "ouvir contrapropostas sérias".
Em outro sinal de desescalada, pouco depois, Serguei Shoigu, o ministro da Defesa russo, afirmou que os exercícios militares realizados ao lado de Belarus estavam "terminando".
Acirramento da tensão
A crescente tensão entre a Rússia e a Ucrânia despertou os olhares do mundo para o conflito entre os dois países. Diversos estados já entraram na questão, justamente por conta do fato de que os desdobramentos da tensão podem colocar em risco a estrutura de segurança de toda a Europa.
Apesar do tema em alta nos últimos dias, a Rússia continua negando que esteja planejando uma invasão na Ucrânia. O estimado, até então, é que Moscou possui cerca de 100 mil soldados nas proximidades da fronteira entre os dois países.
Ainda em janeiro deste ano, Vladimir Putin, presidente russo, garantiu que tomaria "medidas retaliatórias tecno-militares apropriadas" caso as medidas do Ocidente continuassem fomentando a tese da invasão.