O mineiro Begoleã Mendes Fernandes, 26, foi condenado a internação compulsória para tratamento psiquiátrico por assassinar Alan Lopes, em 21 em fevereiro de 2023. Conforme a Justiça Holandesa, a perícia concluiu que ele desenvolveu um delírio paranoico em relação à vítima — ele se convenceu equivocadamente de que Alan era canibal e de que pretendia matá-lo e depois comê-lo. As informações são do g1.
Begoleã foi preso no aeroporto de Lisboa, em Portugal, em 27 de fevereiro de 2023, suspeito de cometer o homicídio em Amsterdã. Ele tentava transportar uma bagagem, que segundo ele, continha carne humana. Ele também portava documentos de identidade de outras três pessoas.
Um jornal português chegou a divulgar que a carne carregada na mala era humana, mas a polícia holandesa confirmou que o produto tinha origem bovina.
Família de vítima irá receber indenização
A Justiça determinou que os pais de Alan Lopes recebam 45,1 mil euros — cerca de R$ 242 mil. A família da vítima declarou se sentir satisfeita com a sentença e que não pretende recorrer da decisão judicial, desde que os parentes de Begoleã também não recorram.
Ainda segundo o Poder Judiciário da Holanda, Begoleã é esquizofrênico.
Para a Justiça, o crime foi premeditado, porque, antes do assassinato, Begoleã pesquisou na internet a pena para homicídio na Holanda. Além disso, ficou comprovado que o homicídio não foi por legítima defesa, já que não houve luta corporal entre vítima e condenado.
Com relação ao tratamento psiquiátrico, a internação é por tempo indeterminado e que Begoleã será liberado somente quando estiver curado e puder conviver novamente em sociedade. O tratamento será pago pelo governo holandês.
Relembre o caso
O assassinato ocorreu na capital holandesa em 26 de fevereiro. Um dia após o caso, o suspeito foi preso no aeroporto de Lisboa quando tentava embarcar em um voo para o Brasil.
Na mala de Begoleã, foi encontrada "uma embalagem de plástico contendo diversos pedaços de carne", informou o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) português na ocasião da prisão.
Às autoridades locais, o jovem confessou ter matado o colega a facadas nos Países Baixos, e explicou que o motivo do crime foi supostamente legítima defesa. Segundo ele, Alan Lopes teria tentado assassiná-lo após oferecer carne humana para consumo e lhe mostrar vídeos de canibalismo.
A um inspetor responsável pelo controle de passageiros no aeroporto da Capital portuguesa, o brasileiro disse que o material era "prova" e foi recolhido em um pote de plástico para ser apresentado como evidência.