Os dados foram apresentados em coletiva de imprensa na sexta-feira (26)
A dose de reforço com a vacina da Pfizer aumenta em até 20 vezes a presença de anticorpos em pessoas imunizadas com a CoronaVac, segundo resultados preliminares obtidos em um estudo do Instituto Pasteur de Montevidéu.
Os dados foram apresentados em coletiva de imprensa na sexta-feira (26). Para o levantamento, 200 voluntários estão sendo acompanhados desde março último. A previsão é que a pesquisa tenha duração de dois anos, com coletas de sangue periódicas dos participantes.
O estudo colheu o sangue dos voluntários durante quatro períodos. O primeiro foi antes de serem imunizados, 18 dias e 80 dias depois da 2ª dose e 18 duas após o reforço com a Pfizer.
O que mostrou o estudo
Com base na primeira mostragem, os pesquisadores observaram que nenhum dos participantes havia apresentado anticorpos contra a Covid-19.
A partir da segunda etapa, os voluntários apresentaram, em níveis variáveis, anticorpos específicos contra o coronavírus. Já na terceira coleta, observou-se a redução geral de anticorpos detectados na fase anterior.
Após a aplicação do reforço, todos tiveram aumento do nível de anticorpos 20 vezes maior que o registrado na segunda coleta.
No Uruguai, 3,5 milhões de habitantes, e 72% da população já foi vacinada com o esquema completo da Coronavac, Pfizer ou Astrazeneca. Outros 24% receberam a dose de reforço.
Dose de reforço no Brasil
No Brasil, a dose de reforço ocorre, preferencialmente, com a Pfizer. Na falta desse imunizante, a alternativa deverá ser feita com as vacinas de vetor viral, Janssen ou AstraZeneca, conforme recomendação do Ministério da Saúde.
Em Fortaleza, a aplicação da dose de reforço começou no dia 8, em idosos de instituições de longa permanência. Neste sábado (26), a Capital inicia a aplicação no público geral, em ordem decrescente até chegar aos 70 anos. O acesso será garantido mediante agendamento prévio.