Os amigos de Lucas Maia de Oliveira, de 36 anos, relatam terem se surpreendido com a brutalidade do crime que vitimou o dentista. Após ser considerado desaparecido, ele foi encontrado morto no último sábado (25), no próprio apartamento de luxo, localizado no bairro Rio Vermelho, em Salvador (BA).
Colegas do profissional da saúde relataram, à CNN, que a casa dele foi encontrada revirada, com temperos e borra de café espalhados. Um deles ainda detalhou que o corpo da vítima foi achado no chão, entre a cama e o guarda-roupa.
"O grau de violência que ele foi submetido foi muito grande. Tinha um martelo quebrado perto do corpo. Ele estava amarrado e irreconhecível”, disse um dos amigos.
Conforme o relato de outro amigo de Lucas, a irmã dele disse que teve dificuldade para reconhecer os restos mortais do irmão: “não identificava nem a tatuagem”.
A Polícia entrou no apartamento onde o crime aconteceu acompanhada de alguns colegas do dentista, que preferiram não falar com a imprensa. À CNN, outro amigo disse que quem estava presente no local relatou que o corpo estava irreconhecível.
Encontro sexual e suspeito
Um dos conhecidos do dentista disse que a última compra do cartão de crédito de Lucas indicava que ele estava indo para um encontro sexual. “Ele fez uma compra no cartão de preservativos e energético”.
Outro colega da vítima, que o conhece desde a adolescência, contou que as autoridades detalharam que ele e o suspeito chegaram ao apartamento juntos.
Gravações obtidas pela TV Bahia, mostram a movimentação do suspeito de envolvimento no assassinato. Os relógios do sistema de câmeras mostram que os registros são da madrugada de sexta-feira (24), entre 1h30 e 1h37. Os momentos seriam os que antecederam a saída do criminoso do residencial, que teria fugido no carro de Lucas por volta das 2h.
“A gente desconfia de um cara que ficou na casa dele de sábado (18) a terça (21). Desse homem, ele mandou foto de visualização única. Ele ficou no apartamento de Lucas todos esses dias porque tinha sido expulso de casa”, disse um dos amigos à CNN.
Na gravação, é possível observar uma tatuagem na mão esquerda do suspeito. “Desconfio que ele pode ter feito de caneta para disfarçar. Um cara que entra de capuz sem virar o rosto e deixa a tatuagem daquele tamanho na mão?”, comenta um dos conhecidos. “Minha esperança é que outras imagens mostrem o rosto dele”.
À CNN, os dois amigos de Lucas relataram que o dentista costumava mandar foto dos homens que ele se relacionava, como medida de segurança. “Tudo que estou vendo hoje era o que eu mais temia que poderia acontecer”, disse um deles.