A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta, na última sexta-feira (3), sobre a identificação de falsificação em lotes de dois medicamentos: Botox® 100U e Dysport® 300U. Ambos são toxinas botulínicas A.
A toxina botulínica é comumente usada em procedimentos estéticos, para diminuir linhas de expressão no rosto e rugas profundas, por exemplo.
Botox
Segundo a Anvisa, a Allergan, que detém o registro do Botox, comunicou que identificou, no Brasil, duas unidades do produto falsificado: Botox® 100U, lote C7654C3F, com validade até abril de 2025 e rotulagem em português.
A agência alerta, porém, que esse lote específico é considerado válido pela empresa, ou seja, também há unidades originais dele circulando no mercado. As principais diferenças entre o produto falsificado (denominado "complained") e o original estão na rotulagem, na bula e na embalagem. Veja a comparação:
Atenção para dois detalhes:
- O original tem um selo na embalagem secundária, que não está presente no produto falsificado;
- A letra em uma das faces da embalagem secundária é diferente no produto falsificado.
Também há diferença na descrição da palavra "qualidade" e na logo da empresa sob a tinta ("raspe aqui com metal"). Além disso, outra diferença é no frasco-ampola.
O material da bula, o tipo de letra utilizada e a forma de dobrar a bula no produto falsificado também são diferentes do produto original. E há um asterisco após o termo "toxina botulínica A" no produto falsificado.
Como há unidades originais e outras potencialmente falsificadas do mesmo lote circulando no mercado, a recomendação é contatar a Allergan para atestar se o produto adquirido é mesmo original ou falso.
Dysport
A empresa que detém o registro do medicamento Dysport, Beaufour Ipsen Farmacêutica, comunicou a identificação do produto falsificado Dysport® 300U, lote L25049, válido até outubro de 2023. Diferentemente do caso do Botox, o lote não é reconhecido como original. O produto falsificado tem rotulagem em português.
Veja fotos do produto falsificado:
A venda, a distribuição e o uso desse produto são proibidos. Caso profissionais de saúde e pacientes identifiquem os produtos falsificados, a orientação é não usar o medicamento e notificar imediatamente a Anvisa.