A Polícia Civil do Ceará (PC-CE) realiza uma investigação sobre a venda de certificados falsos de vacinação contra a Covid-19. Criminosos estariam se aproveitando da obrigatoriedade da vacinação completa, para acessar alguns estabelecimentos no Estado, para oferecer o documento falsificado pelas redes sociais.
Em nota, a PC-CE confirmou que o Departamento de Inteligência (DIP) "apura as circunstâncias de um crime de estelionato, no qual os suspeitos tentam realizar vendas de certificados falsos de vacinação contra a Covid-19".
Ainda segundo apurações policiais, a vítima relatou que recebeu, através de um aplicativo de mensagens instantâneas, uma proposta para comprar o documento falso."
Mais informações não podem ser repassadas pela PC-CE no momento, para não atrapalhar as investigações. O crime de estelionato é previsto no Código Penal Brasileiro (CPB), com pena de reclusão, de 1 a 5 anos.
Também procurado, o Ministério Público do Ceará (MPCE) informou que não possui investigações sobre o assunto.
Diante da queda dos índices de Covid-19 no Ceará, o último decreto do Governo do Estado liberou, no último dia 4 de março, eventos sociais, festivos e esportivos no Estado sem limite de público, mas manteve a obrigatoriedade do uso de máscara e da apresentação do comprovante vacinal com as três doses.
As pessoas poderão realizar eventos sem limitação de público, contanto que sejam em espaços controlados, que exijam passaporte de vacinação das três doses, acima de 18 anos, e também a obrigatoriedade do uso da máscara. Isso é uma forma também de exigir que as pessoas se vacinem, tomem a 3ª dose, respeitando o que aconteceu nessa onda da ômicron."
Casos de falsificação espalhados pelo Brasil
Reportagem do jornal Metrópoles (de Brasília), publicada na última segunda-feira (14), revelou um mercado ilegal de certificados falsos de vacinação contra a Covid-19, que se concentra no aplicativo Telegram, tem como público-alvo pessoas antivacinas e vende os documentos por até R$ 500.
No Rio de Janeiro, o portal G1 denunciou a venda dos certificados falsos na rua da Capital, em locais públicos, em plena luz do dia, pelo valor de até R$ 200, em janeiro deste ano. Pelo menos quatro suspeitos foram presos em flagrante pela Polícia.