PM era condenado a mais de 20 anos

O sargento da Reserva Remunerada da PM, João Augusto da Silva Filho, conhecido como 'Joãozinho Catanã' foi condenado a mais de 20 anos de prisão, em setembro de 2009, por comandar um grupo de extermínio. Ele cumpria prisão domiciliar, monitorado por uma tornozeleira eletrônica, no dia em que foi executado, na calçada da própria casa, no bairro Autran Nunes, em agosto de 2015.

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Vagando à noite em motocicletas pelas ruas do Panamericano e no Planalto Ayrton Senna, integrantes do grupo se apresenta como uma empresa de vigilância especializada, oferecendo proteção aos moradores e comerciantes, em troca de um pagamento. Porém, investigações posteriores apontaram para a ligação do grupo no tráfico de drogas e em assassinatos de autoria desconhecida, ocorridos em 2007, nos dois bairros.

Quando foi morto, em 2015, o sargento respondia a, pelo menos, 19 homicídios. Atingido por sete tiros disparados por um homem que se aproximou como se fosse entregar panfletos, o militar chegou a ser socorrido e encaminhado para o Instituto Doutor José Frota (IJF), mas morreu após ser submetido um procedimento cirúrgico.

Além dele, outros militares, ex-militares, um policial civil, um ex-detento e um comerciante foram apontados como membros do grupo de extermínio.

Iniciativa

'Diego Bola' seria, segundo uma fonte da Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o organizador de um consórcio integrado por rivais do militar, para financiar a execução. "De 10 a 15 criminosos juntaram dinheiro para pagar a um pistoleiro para executar o Catanã", explicou.

Outra fonte da Polícia Civil afirma que 'Bola' mostrou grande influência no mundo do crime quando encabeçou o consórcio. "Catanã era muito destemido e tinha muita gente a serviço dele, mas também tinha muitos inimigos. Montar um consórcio para eliminá-lo não era difícil. O difícil tomar a iniciativa, o que acreditamos que o 'Bola' fez".