A Polícia Federal (PF) cumpre um mandado de prisão preventiva no Ceará por suspeita de envolvimento com uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro oriundo do tráfico internacional de drogas. A ação integra a Operação Match Point, deflagrada nesta quarta-feira (12) com apoio das autoridades internacionais italiana e islandesa.
A ação cumpre outras 32 ordens do tipo, em municípios de dez estados brasileiros, sendo a maioria em São Paulo. Segundo as investigações, o grupo se subdividia em duas grandes células, com ramificações em várias cidades, em especial na unidade federativa paulista, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Norte.
Número de mandados de prisão preventiva em cada Estado:
- SC: 7;
- SP: 11;
- RJ: 6;
- MG: 5;
- BA: 3;
- CE: 1.
A operação também executa 49 mandados de busca e apreensão, em nove federações, a maioria deles também em São Paulo. São eles:
- SC - 10 em Florianópolis;
- SP - 4 em Campinas, 3 em Limeira, 2 em São Paulo, 1 em Hortolândia, 1 em Piracicaba, 1 em Sumaré 1 em São Pedro;
- RJ - 8 no Rio de Janeiro e 4 em Niterói;
- MG - 3 em Belo Horizonte, 2 em Montes Claros e 1 em Contagem;
- BA - 3 em Porto Seguro;
- PB - 1 em Cabedelo;
- RN - 1 em Tibau do Sul e 1 em Parnamirim;
- PE - 1 em Recife;
- GO - 1 em Goiânia.
Além disso, cerca 43 pessoas físicas tiveram a conta bancária bloqueada. A corporação federal ainda sequestrou 57 bens imóveis e de diversos veículos e embarcações, que juntos superam os R$ 150 milhões.
Entre os crimes apurados até o momento pela PF estão a lavagem e ocultação de bens, organização criminosa e tráfico internacional de drogas com associação ao tráfico. As penas cumuladas desses crimes podem chegar a mais de 40 anos de prisão.
Durante as apurações, a corporação, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Militar de Santa Catarina, efetuou sete prisões em flagrante e apreendeu cerca de 65 quilos de cocaína e 225 quilos de skunk — também conhecida como supermaconha ou skank.
Apoio de polícias internacionais
A corporação detalhou que um dos líderes da organização seria um cidadão islandês residente no Brasil, que já foi investigado no país de origem.
Para a realização da operação Match Point a Polícia Federal efetuou cooperação internacional com a Itália, por meio da Interpol, e com a Islândia, em coordenação com os escritórios de ligação junto à Europol. Houve, ainda, autorização judicial para o acompanhamento da deflagração da operação por representantes da polícia da Islândia.
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