A mulher que esfaqueou a enteada de 15 anos no mercado central de Iguatu, Interior do Ceará, foi presa pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) nesta segunda-feira (29). Ela estava foragida desde a última quinta-feira (25), após atacar a adolescente e também a mãe dela, que foram ao estabelecimento falar com o pai sobre a ausência dele em uma audiência de reconhecimento de paternidade.
Segundo a corporação, a captura se deu por meio do cumprimento de um mandado de prisão preventiva expedido pelo Juizado Especial da Comarca de Iguatu, do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE). A suspeita de 44 anos foi presa em uma residência no bairro Flores, em Iguatu.
Ela é acusada de tentativa de feminicídio e crime de violência física no contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher.
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"Com a ordem de prisão em mãos, equipes da Delegacia Regional de Iguatu, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Iguatu e do Núcleo Operacional do Departamento de Polícia Judiciário do Interior Sul (DPJI Sul) foram a campo e capturaram a suspeita. A mulher foi conduzida para uma unidade da PCCE, onde foram realizados os procedimentos cabíveis para o cumprimento do mandado de prisão. Em seguida, ela foi colocada à disposição do Poder Judiciário", informou a Polícia Civil.
A adolescente levou cerca de seis facadas, e chegou a ser internada no Hospital Regional de Iguatu, mas teve alta ainda na quinta, pois foram cortes superficiais.
Ilania Pereira dos Santos, mãe da jovem, também foi agredida ao tentar defender a filha, e disse ao Diário do Nordeste nesta sexta-feira que ela e a filha seguem bem, em casa. A garota só se queixa de muitas dores, ainda.
A jovem não possui um bom relacionamento com o pai, e somente recebe uma pensão, cujo valor que não é suficiente, disse a mãe. As duas foram ao açougue onde o homem trabalha para entregar uma carta da Defensoria Pública, momentos antes das agressões com a faca começarem.
O pai apareceu em um vídeo divulgado nas redes sociais ao lado de outra pessoa, onde é mostrado que ele paga uma pensão. No registro, uma pessoa, que parece ser amiga do homem, diz que ele vai se pronunciar "em breve".
Histórico violento da suspeita
A mãe da jovem afirma que ela e a filha não possuem relação com a madrasta, mas sabiam que ela era agressiva. Ela contou à reportagem que ambas já foram ameaçadas de morte pela mulher.
A garota está abalada psicologicamente, além da dor física, lamentou a auxiliar de serviços gerais.