A Justiça agendou data para ouvir testemunhas de acusação e defesa sobre o latrocínio que vitimou Caroline Rocha dentro de um shopping de Fortaleza. A gerente de uma joalheria foi assassinada com um disparo de arma de fogo que, conforme laudos da Perícia Forense do Ceará (Pefoce), partiu da arma do segurança da loja durante a tentativa de assalto.
A primeira audiência irá acontecer no dia 1º de dezembro de 2021, às 14h. A sessão se dará por meio de videoconferência considerando a restrição de acesso às dependências do Fórum Clóvis Beviláqua, devido à pandemia. A reportagem apurou que até então foram convocadas quatro testemunhas para prestarem depoimentos.
O juiz da 16ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza também ratificou na decisão o recebimento da denúncia enviada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE). São réus pelo latrocínio: Lúcio Mauro Rodrigues Ferreira, André Luiz dos Santos Nogueira, Antônio Duarte Araújo Eneas, Douglas da Silva Dias e Antônio Jardeson Lima de Moura.
O nome do segurança não consta na denúncia do órgão ministerial. Advogados de defesa dos réus questionaram a oferta da peça denunciatória antes da emissão dos laudos que apontou de onde partiu o tiro que matou Caroline. No entanto, o juiz destacou que a acusação foi pautada no inquérito policial e que mais fatos devem ser apurados em sede de instrução criminal.
Entendo que não é o caso de absolvição sumária, pois não existe manifesta causa de exclusão da ilicitude ou culpabilidade, não estando extinta a punibilidade do agente"
Noite do crime
Conforme os autos, Douglas entrou na joalheria portando uma arma de fogo, acompanhado de Antônio Jardeson. A dupla anunciou o assalto e começou o tiroteio. Caroline chegou a ser usada como 'escudo humano' por um dos denunciados.
Quando a mulher é atingida, os assaltantes saem da loja sem levar nada e fogem com ajuda dos comparsas que esperavam no entorno. Lúcio foi apontado como o idealizador do roubo. Uma mulher, identificada apenas como Marina, e que seria a sexta integrante da quadrilha, segue foragida.
As câmeras da loja flagraram passo a passo da ação. As imagens foram analisadas por peritos e indicaram que o primeiro disparo efetuado partiu do segurança. A arma utilizada por ele também foi apreendida e passou por perícia. O vigilante, de identidade preservada, trabalhava na joalheria há 15 dias.