A denúncia contra o grupo alvo de um esquema criminoso com atuação de "funcionários fantasmas" na Câmara Municipal de Maracanaú foi acolhida pelo Poder Judiciário cearense, nessa quinta-feira (17). Ao todo, 12 pessoas se tornaram réus pelos crimes de associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Dentre os réus está o ex-presidente da Câmara Municipal de Maracanaú, Carlos Alberto Gomes de Matos Mota.
Conforme divulgado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), por meio da 12ª Promotoria de Justiça de Maracanaú e pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) ficou evidenciado que o esquema era comandado por Carlos Alberto. A investigação apontou que funcionários lotados na Casa Legislativa não compareciam ao trabalho, e ainda exerciam atividades paralelas aos seus cargos.
Os servidores ainda recebia, benefícios na contagem de tempo de contribuição com uma aposentadoria privilegiada, com altos valores. O órgão informou que a denúncia foi apresentada pelo MPCE no âmbito da "Operação Fantasma", deflagrada no último mês de setembro.
Quando deflagrada, a operação contou com apoio de policiais civis da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) e Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) para cumprir os mandados de busca expedidos pelo judiciário. Carlos Alberto está preso há pouco mais de um mês, desde o dia 11 de setembro de 2019.