Sete acusados de integrar uma facção criminosa e de matar um jovem durante um "tribunal do crime" em Fortaleza devem ir a júri popular, conforme uma decisão da 4ª Vara do Júri de Fortaleza, da Justiça Estadual. A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) da última sexta-feira (26).
Amanda Santos Bezerra, André Carlos da Silva Santos, Carlos Henrique do Nascimento, Geovane Silva Morais, Luan Felipe Gomes da Silva e Rodrigo Gil Guedes Joça foram pronunciados (isto é, a Justiça decidiu levá-los a julgamento) pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima), sequestro e cárcere privado (quatro vezes), roubo (duas vezes), ocultação de cadáver e por integrar organização criminosa.
Já Wilame de Lima Balbino deve ser julgado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima), sequestro e cárcere privado (uma vez), ocultação de cadáver e por integrar organização criminosa.
Conforme a investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), o grupo participou do assassinato de Pedro Lucas Marques de Lima, no bairro Papicu, em Fortaleza, no dia 5 de junho de 2022.
As investigações apontaram que o jovem passou por um "tribunal do crime" de uma facção cearense, na comunidade do Pau Fininho. A suspeita dos criminosos era de que a vítima pertencia a uma facção carioca.
A quadrilha fez ameaças ao jovem e à sua família, antes de matá-lo, segundo a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE). O corpo de Pedro Lucas foi encontrado somente no dia seguinte, 6 de junho de 2022, após ele ser dado como desaparecido pela família.