Um dos acusados de matar a tiros o surfista Antônio Jócele Miranda da Costa Júnior, o 'Peta Júnior', foi absolvido. Dário César Marques da Silva sentou no banco dos réus na última quinta-feira (31) e, por decisão do Tribunal do Júri Popular, foi inocentado pelo assassinato.
Dário César e Antônio Carlos Xavier de Sousa foram pronunciados pelo crime de homicídio, além do porte ilegal de munições. No entanto, o julgamento de Antônio Carlos foi adiado para o próximo dia 11 de novembro, "em razão de problemas de saúde da sua advogada".
Sobre a absolvição de Dário, o conselho de sentença decidiu, por maioria, negar a autoria delitiva. Conforme a sentença assinada pelo juiz da 2ª Vara do Júri, "tendo em vista do decreto absolutório proferido pelo conselho de sentença, revogo a prisão preventiva do acusado, uma vez que não estão mais presentes os requisitos necessários a sua manutenção".
A defesa do réu, representada pelo advogado Roberto Castelo Branco, "celebrou" a decisão da Justiça, que o absolveu das acusações de homicídio qualificado e porte ilegal de munições, conforme decisão do Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri de Fortaleza".
"Com base na soberania do júri e na análise criteriosa das provas, o tribunal considerou improcedente a pretensão punitiva estatal e determinou a sua soltura imediata. A absolvição representa o reconhecimento da Justiça e reafirma o compromisso com a imparcialidade e a presunção de inocência"
SOBRE O CRIME
O surfista foi assassinado a tiros no dia 29 de maio de 2022, às 2h, na saída de um bar no bairro Varjota, em Fortaleza. Vítima e denunciados teriam discutido no bar, quando o surfista interveio em uma agressão a uma mulher.
Veja o vídeo da ação criminosa:
Após a briga no estabelecimento, o surfista teria perseguido os dois desafetos até um veículo e entrado em luta corporal com um deles. A ação foi filmada por câmeras de monitoramento da região.
"Não sabendo ele (surfista) que, dentro desse carro, ele (desafeto) tinha uma arma de fogo e o apoio de um colega, também armado. Nessa situação, a vítima foi alvejada e veio a óbito", disse o delegado Luiz Rodrigues, da 1ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ainda na época da investigação.
Na denúncia, o Ministério Público do Ceará (MPCE), destacou que "noticiam os autos, que a motivação do crime seria por conta de uma discussão banal entre o vitimado e o denunciado Dário César, demonstrando, assim, a desproporção da conduta do agente com ação delituosa praticada pelo mesmo".
“O vitimado ainda tentou se furtar dos disparos, saindo correndo em direção a via pública, mas os dois denunciados partiram em seu encalço, ceifando-lhe a vida com quatro disparos certeiros”, segundo o MP.