Camilo Santana cobra reforma tributária e revisão do Código Penal: 'Há uma sensação de impunidade’

O candidato do PT ao Senado defendeu ainda o fim do teto de gastos para Saúde e não descartou aliança com PDT em eventual 2º turno

O candidato do PT ao Senado Federal, Camilo Santana, cobrou que haja uma reforma tributária no Brasil para melhor distribuição e arrecadação de impostos e defendeu, como uma das prioridades, caso seja eleito, avançar na proposta de revisão do Código Penal brasileiro. Segundo ele, “há uma sensação de impunidade” no País.

O ex-governador afirmou ainda que pretende atuar para que não haja teto de gastos para investimentos na Saúde e pela valorização do Sistema Único de Saúde (SUS).

Camilo afirmou ainda que, após racha no grupo governista, não descarta aliança com o PDT em eventual segundo turno.

O petista foi o segundo a participar de uma série de entrevistas com os candidatos ao Senado, que iniciou nesta terça-feira (20), no Bom Dia Ceará. A primeira entrevistada foi Kamila Cardoso (Avante). Nesta quinta-feira (22), será a vez de Érika Amorim (PSD).

Já a entrevista com o candidato Carlos Silva (PSTU) terá três minutos e será gravada. Ela será transmitida na sexta-feira (23).

Reforma Tributária

Questionado sobre possíveis ações voltadas para a Economia em uma possível atuação como parlamentar, Camilo defendeu que haja uma reforma tributária, possibilitando maior igualdade no pagamento de impostos entre a população.

“Precisamos tributar sobre renda e patrimônio. Quem tem mais paga mais, quem tem menos paga menos. Por isso há concentração de renda no Brasil. Não se fez uma reforma tributária. Eu quero ser uma voz no Senado Federal para essa defesa”, destacou.

O candidato avaliou ainda que “há uma injustiça inclusive entre as regiões”, e por isso governadores e prefeitos ficam “com o pires na mão tendo que ir à Brasília pedir recursos”. 

Segurança Pública

Camilo também foi questionado como pretende atuar na área da Segurança. Com dois mandatos consecutivos no Executivo estadual, o petista esteve por mais de sete anos como responsável direto pela área no Ceará.

O candidato defendeu que parte dos problemas da violência no Estado têm origem no tráfico de drogas que entram pela fronteira do Brasil com outros países. “A responsabilidade é do governo federal, é lei”, ponderou.

“Eu acho que é preciso rever o Código Penal para o crime que tira a vida das pessoas. Há uma sensação de impunidade [...], é um tema delicado, que não vai se resolver como mágica”, disse ainda o candidato.

Saúde

Na área da Saúde, Camilo Santana destacou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente durante a pandemia da Covid-19.

Ele se posicionou contra o teto de gastos no setor – que limita os investimentos na área a nível nacional.

“Quero, como senador o SUS, (defender) o piso para os enfermeiros que merecem, defender as melhorias, agentes de saúde, piso nacional. Fortalecer e apoiar esses guerreiros que foram tão importantes na pandemia”, completou.

Política e estratégia no segundo turno

Com o grupo governista rompido às vésperas do lançamento das candidaturas ao Executivo, Camilo afirmou que “sem dúvidas” há uma chance de reconciliação em um eventual segundo turno na disputa.

Ele voltou a criticar a decisão do PDT em lançar Roberto Cláudio como candidato ao Governo e defendeu que a candidata, na sua opinião, deveria ser a governadora Izolda Cela (sem partido).

O petista criticou ainda o tom das propagandas políticas de seus adversários e classificou como “covarde” o tom utilizado nas peças veiculadas durante a campanha.

Camilo ainda se posicionou contra o orçamento secreto – emendas de relator sem transparência de aplicação nos estados, defendeu maior diálogo do Presidente da República com governadores e afirmou estar disposto a dialogar pelo interesse da população cearense.