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Bolsonaro critica decisão de Moraes e afirma que 'poderia fugir' mesmo sem passaporte

Ex-presidente também rebateu a alegação de que ele não tinha apresentado documentos que confirmassem a veracidade do convite

Escrito por
Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 06:32, em 21 de Janeiro de 2025)
O passaporte de Jair Bolsonaro foi apreendido em fevereiro de 2023
Legenda: O passaporte de Jair Bolsonaro foi apreendido em fevereiro de 2023
Foto: AFP

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),  Alexandre de Moraes, que não permitiu a viagem dele para participar na cerimônia de posse de Donald Trump, nos Estados Unidos, nesta segunda-feira (20).

"Um juiz que é o dono de tudo aqui no Brasil. É o dono da sua liberdade. Ele abre inquérito, ele te ouve, ouve o delator. Ele é o promotor, ele é o julgador, ele encaminha o seu juiz para fazer parte de audiência de custódia, tudo ele! Tira teu passaporte. Ele pode fugir. Eu posso fugir agora. Qualquer um pode fugir", ressaltou Bolsonaro, durante live no canal AuriVerde Brasil no YouTube.

O ex-presidente também classificou a decisão como “uma coisa inacreditável” e rebateu a alegação de Moraes de que ele não tinha apresentado documentos que confirmassem a veracidade do convite para a posse de Trump em Washington. 

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"Eu fui convidado. Toda a imprensa, do mundo todo, divulgou isso aí. Como a imprensa do mundo todo está divulgando que eu fui proibido de ir para lá por causa de uma decisão de um juiz", salientou Bolsonaro.

NEGATIVA DE MORAES

Na manhã do último sábado (18), Bolsonaro acompanhou a esposa, Michelle Bolsonaro, no embarque para os EUA. Ela participou da cerimônia nesta segunda-feira (20), representando o marido. Segundo o jornal O Globo, o ex-presidente chorou por estar "abalado" e se sentir "perseguido".

“O presidente Trump gostaria muito, tanto é que ele me convidou. Estou chateado, abalado ainda, mas eu enfrento uma enorme perseguição política por parte de uma pessoa”, afirmou.

Bolsonaro se considera um "preso político", embora não utilize tornozeleira eletrônica. Ele ironizou que "a sua excelência não queira colocar" o aparelho para "humilhar de vez".

Bolsonaro declarou, ainda, que havia organizado encontros com autoridades internacionais.

“Tô sim constrangido. Queria estar acompanhando minha esposa. Quem vai acompanhar vai ser meu filho Eduardo e a esposa dele. Eu queria estar lá. Eu pré-acertei encontro com chefes de estado via Eduardo Bolsonaro. Lamentavelmente, não vou poder comparecer”, disse.

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