Candidato à Prefeitura de Fortaleza pelo União Brasil, Capitão Wagner respondeu a críticas do ex-aliado André Fernandes (PL), também candidato a prefeito, sobre alianças políticas e não descartou retomar relação com o PL em eventual segundo turno.
O ex-secretário de Saúde de Maracanaú foi o entrevistado desta quarta-feira (11) da sabatina PontoPoder, conduzida pelos jornalistas Jéssica Welma e Wagner Mendes. Na ocasião, ele destacou que "existe uma diferença entre padrinho e aliado" e que "não recebeu apoio de nenhum padrinho", inclusive do ex-presidente Jair Bolsonaro, nas vezes em que foi eleito.
"Ninguém botou a mão na minha cabeça (em 2012) para eu me tornar o vereador mais votado da história, e até hoje eu sou o vereador mais votado da história. Em 2014, quando eu fui candidato a deputado estadual e me tornei deputado estadual mais votado do Ceará até hoje, ninguém colocou a mão na minha cabeça. Mérito do trabalho do meu grupo político que construiu essa votação. Em 2018, quando eu fui o deputado federal mais votado, eu também não tive padrinho. Bolsonaro estava pedindo voto para o Heitor Freire, e eu estava lá sozinho trabalhando e consegui"
"Essa é a grande diferença. Eu nunca precisei de padrinho para ser eleito a cargo nenhum. Os cargos que fui eleito foram graças ao meu trabalho. Diferente de candidatos que precisam do apadrinhamento até para se tornar conhecidos porque não têm serviços prestados", complementou.
Na terça-feira (10), também em sabatina ao PontoPoder, Fernandes disse que Wagner foi "para um lado, depois para outro". "Quando nenhum dos lados decidiu apoiar, ele aparece dizendo que o apoio dele vem do povo, que ele não tinha padrinho político, sendo que, nas eleições passadas, ele estava correndo atrás desses mesmos padrinhos políticos", acrescentou o bolsonarista.
Para Wagner, a crítica do ex-aliado o beneficia, pois mostra "capacidade de articulação e diálogo". Ele acredita, ainda, que pode haver um realinhamento com os postulantes do PL e do Novo, por exemplo, caso vá ao segundo turno.
"O momento atual é o momento em que o PL é o maior partido do País, que tem estrutura financeira e quis lançar uma candidatura que a gente respeita. O próprio senador Eduardo Girão, um amigo pessoal, que eu vou à casa dele, ele vai na minha, por ser senador se achou no direito de lançar candidatura, e é legítima essa candidatura. Eu tenho plena convicção de que, passado o primeiro turno, a gente vai ter um realinhamento, a gente vai construir essa vitória para mudar de fato a cidade de Fortaleza", ponderou.
"Maturidade"
O candidato do União Brasil ressaltou que, no pleito deste ano, está mais "maduro" politicamente. Essa é a terceira vez que ele disputa o comando do Paço Municipal.
"Estou convicto que a gente está no caminho certo, com muito mais equilíbrio, com muito mais capacidade de diálogo, com um preparo que eu não tinha nas eleições anteriores", frisou.
Entrevistas PontoPoder
As entrevistas são realizadas entre os dias 9 e 13 de setembro com os cinco candidatos a prefeito melhor posicionados na Pesquisa Eleitoral Quaest mais recente.
São dois formatos de entrevistas com os candidatos. Primeiro, no bloco do PontoPoder no Programa Bom dia, Nordeste, transmitido simultaneamente na Verdinha FM 92,5 e na TV Diário. As entrevistas ocorrem ao vivo, a partir das 8h20, com duração de 20 minutos.
Uma segunda entrevista é gravada com cada candidato para ser transmitida, na íntegra, no portal e nas redes sociais do Diário do Nordeste às 17 horas. A sabatina é exibida às 16h25, desta vez no Programa Hora da Verdinha, como parte da grade da Verdinha FM 92,5 e, simultaneamente, na TV Diário.
Serão gravadas entrevistas com os demais candidatos à Prefeitura. Elas terão duração de três minutos para cada candidatura, com exibição nos dias 16 e 17 de setembro, no bloco PontoPoder do programa Bom Dia, Nordeste.