Roberto Jefferson não levanta mais da cama e tem estado de saúde 'delicado', diz revista

O político está preso preventivamente deste outubro de 2022

Preso preventivamente desde outubro de 2022, o político Roberto Jefferson está internado há mais de um mês em um hospital privado do Rio de Janeiro. Conforme relatório médico que a revista Veja teve acesso, o ex-deputado federal "não levanta mais da cama, chora a todo instante e tem alucinações". O documento foi elaborado no último dia 29 de junho.

Antes de ser internado, o político de 70 anos, havia batido a cabeça na cela e sofrido um traumatismo craniano. Os médicos da penitenciária relatam que após a queda, o ex-parlamentar passou a apresentar sintomas de confusão mental, desmaio e falar frases desconexas. 

No início de junho, ele foi encaminhado ao hospital com um quadro de apatia, insônia, distúrbio depressivo, inapetência e súbita perda de peso. Jefferson foi admitido na unidade de saúde com insuficiência renal e desidratação. O ex-deputado também havia perdido cerca de 20% do peso, apresentando grave desnutrição. 

Exames neurológicos e psiquiátricos apontaram lentidão, perda de memória, convulsões e dificuldades para se locomover. Jefferson também apresentava problemas ao ir ao banheiro. 

A defesa de Jefferson planeja tentar converter a prisão preventiva em domiciliar por ele necessitar de cuidados especiais. 

Prisão de Roberto Jefferson

O ex-parlamentar foi alvo de mandado de prisão após divulgar vídeos com ataques ao processo eleitoral e aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), principalmente à ministra Cármen Lúcia. Ele é alvo de inquérito que investiga suposta organização que se articula para atacar a democracia e as instituições. 

Ao chegar à casa de Roberto Jefferson no Rio de Janeiro, para cumprir a determinação do STF, os agentes federais foram recebidos com tiros e granadas. 

O ex-deputado teria usado câmeras do circuito de segurança para monitorar a movimentação dos agentes. O político já estava em prisão domiciliar, sendo proibido de usar as redes sociais, pelos crimes de calúnia, incitação ao crime de dano contra o patrimônio público e homofobia, no âmbito do inquérito do STF.

Após atacar os agentes, houve uma tentativa de rendição e o parlamentar se entregou à polícia horas depois. Alexandre de Moraes converteu a prisão do ex-deputado para preventiva, em virtude do vasto arsenal de armas e munição, e ele segue detido no Rio de Janeiro por tempo indeterminado.