A primeira pesquisa Quaest para a disputa pela Prefeitura de Fortaleza, divulgada nessa quinta-feira (22), evidenciou a força dos padrinhos políticos na disputa pelo comando do Paço Municipal.
Na análise, encomendada pela TV Verdes Mares, foi questionada qual influência teria no voto o apoio dos seguintes políticos: o ministro da Educação, Camilo Santana (PT); o presidente Lula (PT); o ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL); o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT); o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT); e o ex-ministro, Ciro Gomes (PDT).
O levantamento ouviu 900 pessoas. A pesquisa foi realizada entre os dias 19 e 21 de agosto, com eleitores de 16 anos ou mais na cidade de Fortaleza. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos e o índice de confiança é de 95%.
O que dizem os eleitores?
Na pesquisa, os eleitores foram questionados sobre o peso desse apoio político da seguinte maneira: "Imagine que (nome de um dos 6 políticos elencados) decida apoiar um candidato, mas você nunca ouviu falar dele. (Nome de um dos 6 políticos) garante que o candidato é bom e é o melhor para a cidade, você votaria nele?"
Nesse cenário, quando o apoiador em questão é o ministro da Educação, Camilo Santana, 39% dos entrevistados afirmaram que votariam, 58% não votariam e 3% não sabem/não responderam. Camilo é o apoiador com maior proporção de respostas afirmativas nesse quesito.
No caso do presidente Lula, 33% dos entrevistados responderam que votariam no candidato indicado por ele mesmo sem conhecer, 63% não votariam e 4% não sabem/não responderam.
Já quando o apoiador é o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, 28% dos entrevistados afirmam que votariam, 69% disseram que não e 3% não sabem/não responderam.
Se o apoiador for o governador Elmano de Freitas, 27% dos entrevistados afirmaram que sim, votariam no candidato mesmo sem conhecer. Nesse caso, 68% não votariam e 5% não sabe/não respondeu.
Quando o apoio é do ex-presidente Jair Bolsonaro, 26% disseram que sim, 70% alegaram que não e 4% não sabe/não respondeu.
E quando o apoiador é o ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes, 23% dos entrevistados disseram que votariam no candidato à Prefeitura mesmo sem conhecer, 73% não votaria e 4% não sabe/não respondeu. Ciro é o político listado na pesquisa na qual o “não votaria” no candidato indicado teve a maior proporção.
Diferenças entre homens e mulheres
Ao considerar os dados estratificados a margem de erro muda, conforme a amostra. No caso da divisão por gênero, o ministro Camilo Santana concentra a maior proporção de respostas afirmativas ao seu possível apoio: entre as mulheres, cuja margem de erro da pesquisa é de 4%, 43% afirmou que votaria em um candidato apoiado por Camilo e 53% não votaria. Entre os homens, 34% votaria e 63% não votaria.
Entre as mulheres, após Camilo, as maiores proporções de respostas positivas à indicação de um candidato são para Lula (37% votariam mesmo sem conhecer o candidato), Elmano (30% votariam), de Roberto Cláudio (29% votariam), de Ciro (25% votariam) e por último, Bolsonaro (23% votariam).
Nesse público, 73% não votaria em um candidato apoiado por Bolsonaro, 71% em um apoiado por Ciro Gomes; 68% em um apoiado por Roberto Cláudio; 64% em um apoiado por Elmano de Freitas; 58% em um apoiado por Lula e 53% em um cujo apoio seja de Camilo.
No caso dos homens, cuja margem de erro é de 5%, Camilo tem o maior peso de respostas sim ao candidato indicado (com 34% dos entrevistados), mas a ordem seguinte daquela constatada entre o público feminino. Nesse caso, quando o candidato é apoiado por Bolsonaro, 30% dos entrevistados indicaram que votariam; seguido de Lula (28% votariam); Roberto Cláudio (26% votariam); Elmano (24% votariam) e Ciro Gomes (20% votariam).
Em paralelo, os homens entrevistados também disseram que quando o apoio é do: Ciro, 78% não votariam, Elmano de Freitas (74% não votariam); Roberto Cláudio (71% não votariam); Lula (70% não votariam); Bolsonaro (67% não votariam) e Camilo (63% não votariam).
A pesquisa foi realizada pelo instituto Quaest e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob protocolo CE-04809/2024.