Presidente nacional licenciado do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e ministro da Previdência Social no Governo Lula, Carlos Lupi manifestou, por meio de um vídeo, publicado nas redes sociais nesta quinta-feira (17), seu apoio ao candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) à Prefeitura de Fortaleza, Evandro Leitão. No mesmo registro, Lupi rechaçou a aliança de correligionários ao postulante do Partido Liberal (PL), André Fernandes, considerada por ele como demonstração da “vontade pessoal” dos colegas.
A fala acontece uma semana após lideranças do Diretório Municipal do PDT da Capital cearense, a exemplo do ex-prefeito Roberto Cláudio e partidários eleitos e com assento da Câmara Municipal — Didi Mangueira, Gardel Rolim, Jânio Henrique, Kátia Rodrigues, Lúcio Bruno, Marcel Colares, PPCell, Paulo Martins e Raimundo Filho —, passarem a fazer parte do palanque do PL.
“Temos eleição, e eu não posso me omitir. Eu tenho lado, eu tenho um partido. E esse partido representa a história de quem sofreu muito com a Ditadura de 1964. Nós somos o partido dos excluídos, dos perseguidos, dos caçados, dos torturados, dos mortos pela Ditadura”, argumentou o dirigente, antes de criticar a atitude dos pedetistas.
“Infelizmente, no Ceará, nós temos uma realidade em Fortaleza, muito triste: um candidato apoiado por essa Direita mais carcomida, mais ultrapassado, mais raivosa, que representa, com a sua face — a face dos filhos da opressão, filhos dos torturadores, 'filhotes da Ditadura', como falava Leonel Brizola —, se apresenta”, disse, se referindo a André Fernandes.
Nas palavras de Lupi, o PDT, pela sua história, “jamais poderá estar ao lado dos filhotes da Ditadura”. Ainda, de acordo com ele, a posição de neutralidade, defendida pelo Diretório Nacional, foi tomada para “proteger” os membros da sigla.
“Mas, como alguns companheiros estão demonstrando a sua vontade pessoal, eu quero também manifestar a minha. Como fundador desse partido, como presidente licenciado desse partido, não temos como ter outro lado a não ser ao lado da nossa coerência, da nossa história, da nossa luta, do nosso amor ao povo”, completou.
Questionado pelo Diário do Nordeste se haveria alguma movimentação para reverter o apoiamento de pedetistas de Fortaleza ao candidato do PL, o presidente licenciado do PDT indicou que sua “posição é pública” e que “cada um segue sua coerência”.