A empresa Facebook excluiu, na noite desse domingo (24), a live em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) compartilha uma mentira associando a vacina contra Covid-19 à Aids. O vídeo com a falsa declaração e sem comprovação científica foi retirado do ar das plataformas Facebook e Instagram.
“Nossas políticas não permitem alegações de que as vacinas de Covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas”, afirmou um porta-voz do Facebook.
A live em questão foi transmitida na última quinta-feira (21). No registro, Bolsonaro diz erroneamente que "os totalmente vacinados estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida [AIDS] muito mais rápido do que o previsto".
O trecho citado pelo presidente é de uma suposta notícia relacionada ao Reino Unido, onde imunizados com as duas doses estavam adquirindo a Aids. Bolsonaro recomendou que os internautas lessem a matéria. ""Não vou ler aqui porque posso ter problemas com a minha live", alertou.
'Fake news'
No entanto, o Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido esclareceu ao G1 que a publicação citada por Bolsonaro foi retirada de um site que propaga 'fake news' e teorias da conspiração.
O oficial de comunicações da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido, Zahraa Vindhani, reforçou que as "as vacinas contra a Covid-19 não causam Aids". "A Aids é causada pelo HIV."
Esta foi a primeira vez que o Facebook derrubou uma live do chefe do Executivo. Até então, a empresa só havia retirado do ar um post em que o presidente defendia o uso de cloroquina como tratamento precoce à Covid-19 e o fim do isolamento social, em março de 2020.