Deputada federal e pré-candidata à Prefeitura de Fortaleza, Luizianne Lins (PT) falou sobre o papel do ministro da Educação, Camilo Santana (PT), nas definições do Partido dos Trabalhadores para as eleições da capital cearense em 2024. "Eu quero que ele venha me apoiar", disse em entrevista à Live PontoPoder desta quinta-feira (31).
Nas eleições de 2016 e 2020, enquanto era governador do Ceará, Camilo permaneceu neutro durante o primeiro turno da disputa em Fortaleza. Nas duas ocasiões, Luizianne era candidata, mas não chegou ao segundo turno.
"Importante que ele venha me apoiar, importante que ele venha apoiar meu nome se eu for candidata do PT. É importante que ele esteja envolvido com o projeto do partido", ressaltou. A ex-prefeita de Fortaleza apontou a necessidade de diálogo no processo eleitoral.
"Está faltando muita conversa. (A gente) Tem se encontrado, mas tem que ser discutida para valer", afirmou. Ela disse que essa ausência de debate foi um dos motivos que a levou a lançar o nome para a disputa pelo Paço Municipal.
"Coloquei até a candidatura em um momento em que todo mundo está se lançando, porque vai que a gente discute isso de verdade".
Em entrevista ao PontoPoder, Camilo Santana afirmou que a ex-prefeita tem "todo o direito de se colocar como pretensa candidata" porque "é uma grande parlamentar" e já "foi prefeita da Capital cearense". Ao ser lembrada da declaração do ministro, Luizianne ressaltou: "mas direito eu tenho, independente de qualquer coisa".
Gestão na Prefeitura de Fortaleza
A deputada federal também relembrou o período em que esteve à frente da Prefeitura de Fortaleza, entre 2005 e 2012. Na primeira campanha em que concorreu, ela enfrentou uma divisão dentro do PT, no qual parte do partido queria apoiar outra candidatura.
"É difícil imaginar 20 anos depois pelo mesmo constrangimento, isso tem que ser resolvido, enfrentado, todos as pessoas que estavam implicados fizeram autocrítica publica", lembrou.
Em 2008, apesar de ter vencido ainda no 1º turno, também não contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já que enfrentava candidatos de partidos que pertenciam a aliança nacional liderada pelo presidente.
"Mas faz parte. Espero agora... Não preciso provar mais nada para ninguém", disse. Ela acrescentou ainda que, dentre todas as capitais, é a petista com melhor colocação nas pesquisas a respeito das eleições de 2024. "E esse recall, eu acho que é muito do governo que nós fizemos. Ficam tentando invizibilizar porque foi de muitas vitorias", destacou.