Elmano diz que Sarto busca fato político sobre morte no IJF: 'Irresponsável e oportunista'

Governador rebateu falas do prefeito de Fortaleza, que responsabilizou o Estado pela insegurança

O homicídio seguido de decapitação de um homem, no interior do Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza, ocorrido na manhã desta terça-feira (23), entrou na arena política ao se tornar objeto de críticas entre opositores. Primeiro com o prefeito José Sarto (PDT), que atribuiu o episódio ao crime organizado. Depois foi a vez do governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), subir o tom e rebater o gestor da Capital.

Através das redes sociais, Elmano disse ser “de se lamentar” a conduta do chefe do Executivo municipal. Segundo o petista, Sarto foi “irresponsável e oportunista”, por buscar “criar um fato político em cima de uma tragédia” ao dizer que o crime ocorreu por conta da atuação de facções. 

“E ainda fala, levianamente, de cumplicidade do estado. Em respeito aos cearenses, não entrarei nesse jogo de baixaria do prefeito, que não está preocupado em resolver os problemas, mas pensando unicamente em sua reeleição”, declarou, prometendo se empenhar na resolução da problemática da segurança pública.

“Não irei jamais terceirizar responsabilidades, como faz covardemente o prefeito de Fortaleza, ultrapassando os limites da ética”, completou o governador, que também apontou, no início da publicação, que as forças de segurança estão à procura do ex-funcionário acusado de cometer o assassinado na unidade hospitalar. 

'Motivos passionais'

O criminoso, pelo que apontou o político, teria agido por “motivos passionais” e fugido do local do crime logo em seguida. A vítima trabalhava no restaurante do Instituto.

Mais cedo, quando concedeu uma coletiva de imprensa em que lançou um serviço para o fomento de empreendimentos no estado, Elmano foi perguntado sobre o ocorrido e responsabilizou a Prefeitura de Fortaleza pela insegurança no IJF.

“Nós não fazemos a segurança pública dentro dos equipamentos, fazemos fora dos equipamentos. Efetivamente no hospital tem equipe de vigilância, tem guarda municipal, o que se imagina é que nesses ambientes a guarda municipal e a força de vigilância contratada pela Prefeitura resguarde a segurança pública dentro do seu hospital”, afirmou.

E continuou: “Infelizmente, não foi o que aconteceu. Uma pessoa perdeu a vida. Mas eu acho que a nossa tarefa agora é investigar, identificar exatamente a pessoa e prendê-la. Esse é o nosso desafio nesse momento”, finalizou, prometendo um empenho dos órgãos de segurança.

O Diário do Nordeste procurou a Comunicação da administração municipal a fim de obter uma manifestação sobre a réplica do governador, mas não houve uma devolutiva até a publicação desta matéria. O conteúdo será atualizado caso haja uma resposta.