Neste domingo (1°), Lula é empossado para seu terceiro mandato como presidente da República. Os Dragões da Independência, militares do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, participam de um tradicional momento da posse presidencial: o desfile na rampa do Palácio do Planalto.
Conhecidos pelo uniforme especial e uso de grandes cavalos, os Dragões da Independência participam de diversos eventos oficiais. Os militares usam chapéu de pluma, trajes em branco e vermelho e portam espadas.
Outra particularidade é o cavalo usado pelo comandante do regimento: um animal com pelagem clara. A tradição existe, pois, em 1889, o cavalo usado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, com essa mesma característica, foi cedido aos Dragões.
Os Dragões da Independência formam o maior regimento do país, com quartel de mais de 10 km². A tropa contempla um esquadrão de choque, dois esquadrões de cerimonial e um esquadrão de comando. Há também o Centro Hípico Dragões da Independência, para treinamento da cavalaria.
O regimento conta com o Pavilhão Ipiranga, uma sala para tratamento e armazenamento dos uniformes utilizados pelos militares.
Origem
Segundo o Exército Brasileiro, o regimento foi criado em 1808, chamado de Companhia de Dragões, com objetivo de proteger os integrantes da Coroa Portuguesa. As cores ainda hoje utilizadas nos trajes, branco e vermelho, eram as da realeza de Portugal.
A tropa participou ativamente dos movimentos de independência, em 1822, e recebeu o nome de Dragões da Independência.
Os Dragões atuaram também no controle às revoltas e campanhas populares no século XX. Os Dragões foram transferidos do Rio de Janeiro para Brasília no fim da década de 60.
Recentemente, os Dragões estiveram presentes na Copa do Mundo de 2014, na Copa das Confederações, na Missão de Paz na Angola, na Operação BRICS e outros fatos históricos.