CPI na Câmara de Fortaleza define convocação da Cagece e Ambiental Ceará para o dia 21 de agosto

Vereadores investigam prestação de serviços oferecidos pela companhia de água e saneamento

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) que investiga denúncias de irregularidades nos serviços ofertados pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) definiu, nesta quinta-feira (8), a convocação de representantes pela estatal e da sua parceira, a Ambiental Ceará. Os prepostos das empresas deverão comparecer no Legislativo municipal no dia 21 de agosto, às 12h. 

A informação foi confirmada pelo presidente da CPI, o vereador Iraguassú Filho (PDT), que indicou que três pontos irão nortear os questionamentos feitos para a Cagece e para a Ambiental Ceará: a qualidade da prestação de serviços, sucessivos aumentos tarifários e questões relacionadas com a perda de água. Outras pautas poderão ser incluídas, segundo informou o pedetista.

A convocação foi definida durante a primeira reunião da comissão de inquérito, realizada na manhã desta quinta-feira. O encontro também definiu o cronograma de atividades a ser cumprido pelos membros do colegiado. Estiveram presentes a vice-presidente da instância, a vereadora Cláudia Gomes (PSDB); o relator da CPI, o vereador Lúcio Bruno (PDT); o vereador Gabriel Aguiar (Psol); e a vereadora Ana do Aracapé (Avante).

A CPI da Cagece é uma das três estruturas montadas pela Câmara de Fortaleza para apurar situações irregulares no Município. Instalada em junho, antes do recesso, ela era a única que ainda estava com o calendário de trabalho pendente. As duas outras vão investigar as empresas de transporte por aplicativo que rodam na cidade e a operação da Enel Ceará. 

Pelo que prevê o regramento da CMFor, as CPIs têm poderes de investigação próprios de autoridades judiciais. Os integrantes poderão, dentre outras medidas, requisitar funcionários dos serviços administrativos da Câmara, determinar diligências, ouvir indiciados, inquirir testemunhas e requisitar documentos e informações de órgãos públicos.

Em contato com a Ambiental Ceará, a empresa informou ao Diário do Nordeste, por meio de nota, “que ainda não foi oficialmente comunicada sobre o tema”. “Contudo, logo que seja acionada, a empresa estará à disposição para quaisquer esclarecimentos em uma eventual convocação”, adicionou o texto enviado.

A Cagece também foi acionada. Em resposta, nesta sexta-feira (9), também por meio de um informativo, a estatal alegou que “até o presente momento não foi notificada diretamente sobre o assunto”. “A companhia informa ainda que prestará todas as explicações necessárias, caso seja notificada”, completou.