Jair Bolsonaro é eleito com 55,13% dos votos válidos

Após a confirmação da vitória nas urnas, o futuro presidente pregou, em discurso, defesa da Constituição, da democracia e da liberdade

Eleito presidente da República, ontem (28), com 55,13% dos votos válidos, Jair Bolsonaro (PSL) superou o candidato petista Fernando Haddad nas urnas depois de uma disputa polarizada desde o início da campanha. No primeiro discurso após a vitória, no Rio de Janeiro, o capitão da reserva afirmou que fará, no governo, defesa da Constituição, da democracia e da liberdade.

“Faço de vocês minhas testemunhas de que esse governo será um defensor da Constituição, da democracia e da liberdade. Isso é uma promessa não de um partido. Não é a palavra vã de um homem. É um juramento a Deus. A verdade vai libertar este grande País, e a liberdade vai nos transformar em uma grande Nação”, disse, lendo o discurso da vitória.



Em outro trecho, Bolsonaro afirmou ser “defensor da liberdade” e destacou que irá “guiar um governo que defenda e proteja os direitos do cidadão que cumpre seus deveres e respeita as leis; elas são para todos”. Antes, ele acompanhou a apuração dos votos em casa, na Barra da Tijuca, no Rio, ao lado da esposa Michelle. 

Comemoração

No Ceará, a comemoração da vitória aconteceu no comitê do candidato do PSL, localizado no bairro Joaquim Távora, em Fortaleza. Logo após a divulgação dos primeiros números, às 19h, houve uma explosão de gritos, pulos e fogos de artifício, quando Bolsonaro já apareceu com margem segura de votos, em mais de 80% das urnas apuradas pela Justiça Eleitoral. A Avenida Antônio Sales teve tráfego obstruído pela festa.

O presidente estadual do PSL, deputado federal eleito Heitor Freire, afirmou que Jair Bolsonaro “vai governar não somente para uma minoria, mas para todos os brasileiros” e que dedicará atenção ao Estado do Ceará. “O que for bom para o Brasil, bom para o povo cearense, nós vamos trabalhar. Vamos concluir a Transposição do São Francisco, o Cinturão das Águas, trazer e fortalecer a Polícia em nosso Estado”, enumerou.
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Sobre a área da Segurança Pública, Freire faz discurso mais forte. “Vamos dar excludente de ilicitude para a Polícia poder matar bandido. Não tem diálogo com terrorista. Estão estuprando, matando e o cidadão de bem está como ovelha. O policial vai ter excludente de ilicitude para fazer o trabalho, resolver o problema das facções, da criminalidade desenfreada do nosso Estado. Direitos humanos é para humanos direitos. E não para a vagabundagem”, disse.
União

No comitê, também estavam o senador eleito, Luís Eduardo Girão, e o deputado federal eleito, Capitão Wagner, ambos do PROS, partido aliado do PSL no Ceará durante o segundo turno presidencial. Wagner avaliou que a responsabilidade aumenta diante da divisão do País. “A nossa missão é unir o País, agregar, fazer com que a economia volte a crescer, enxugar a máquina para que a gente volte a ter esperança no cidadão de emprego, de renda e de melhores dias”, destacou.

Luís Eduardo Girão fez discurso semelhante, defendendo a cultura da paz entre posicionamentos políticos divergentes. “A maioria do povo brasileiro definiu, tem que ser respeitada, mas a cultura da paz tem que ser exercida por todos. Então, é o momento de unir todo mundo em prol do Brasil. Porque todos que votaram no PT, que votaram no PSL, no Jair Bolsonaro, que votaram no Haddad, estão querendo o bem do País. Temos que partir dessa premissa”, disse o empresário.

Outras lideranças políticas foram vistas no comitê, como o deputado estadual eleito no Ceará, Delegado Cavalcante (PSL), e o presidente estadual do MDB, Gaudêncio Lucena.

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