Atrasos na aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid-19 podem implicar em punição por improbidade administrativa a gestores públicos. A decisão foi anunciada por Ricardo Lewandoswki nesta segunda-feira (3).
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que autoridades podem alterar a ordem de grupos prioritários, mas, se a ação prejudicar a segunda dose, punições podem ser instituídas. Informações são do G1.
Anúncio foi feito por Lewandoswki ao suspender a decisão que antecipou a vacinação de policiais e professores no Rio de Janeiro.
"Sob pena de frustrar-se a legítima confiança daqueles que aguardam a complementação da imunização, em sua maioria idosos e portadores de comorbidades, como também de ficar caracterizada, em tese, a improbidade administrativa dos gestores da saúde pública local, caso sejam desperdiçados os recursos materiais e humanos já investidos na campanha de vacinação inicial", disse o ministro sobre os atrasos.
Impasses na segunda dose da CoronaVac
Desde a semana passada, cidades tem tido dificuldade em aplicar a segunda dose da CoronaVac por falta de doses. O Ministério da Saúde (MS) assumiu que há um impasse na distribuição do imunizante devido a atraso na chegada de insumos da China.
Falta da segunda dose, que deveria ser garantida, foi justificada por gestores pela mudança de orientação do MS. A pasta autorizou, em março, que os estados e municípios utilizassem para aplicar a primeira dose todas as doses que estavam armazenadas para aplicação da segunda.
No entanto, a regularidade do envio de lotes acabou diminuindo o ritmo, impossibilitando a reposição das doses utilizadas na primeira etapa da imunização.