Depoimento de Wilson Lima à CPI da Covid é antecipado para 10 de junho

Fala foi adiantada em razão de operação da Polícia Federal que tem como um dos alvos o governador do Amazonas

O depoimento do governador do Amazonas, Wilson Lina (PSC), na CPI da Covid-19 foi antecipado para a próxima quinta-feira (10), segundo comunicado do presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), nesta quarta-feira (2).  

O pedido de adiantar a oitiva foi feito pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO), no início da sessão, em razão da deflagração pela Polícia Federal da quarta fase da Operação Sangria, para investigar supostas fraudes e superfaturamento em contrato para instalação do hospital de campanha no Amazonas.

O governador e secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, que também já tem depoimento marcado na CPI da Covid, estão entre os alvos da operação.

Wilson Lina está entre os gestores estaduais convocados para prestar esclarecimento na CPI da Covid-19. Seu depoimento estava originalmente previsto acontecer no dia 29 de junho. 

Já no dia 10 de junho, falaria à comissão Marcos Eraldo Arnoud Marques, conhecido como "Markinhos Show", ex-assessor especial do Ministério da Saúde na gestão de Eduardo Pazuello.

Operação

A casa do governador do Amazonas foi alvo de busca na manhã desta quarta-feira (2), por meio da operação da Polícia Federal. 

No total, são cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária nas cidades de Manaus e Porto Alegre. As ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

Além da casa do governador, os policias também realizaram buscas na sede do governo estadual, na Secretaria de Saúde, na casa do secretário de saúde e na residência do dono do Hospital Nilton Lins, além do próprio Hospital Nilton Lins.

COMPRA DE RESPIRADORES  

O governador do Amazonas enfrenta também nesta quarta-feira o julgamento, através da Corte Especial do STJ, de uma denúncia por supostas fraudes na aquisição de respiradores em 2020. O Estado comprou os equipamentos, sem licitação, de uma importadora de vinhos.  

Na ação o vice-governador Carlos Almeida e outras 16 pessoas também respondem à denúncia.