Após um período de estabilidade, os consumidores cearenses voltaram a ser impactados pela alta no preço das carnes. No fim do ano passado e neste início de 2022, o aumento acumulado ficou próximo de 4%, conforme dados do IBGE.
Somente em dezembro, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) indica elevação de 3,08% na média das carnes, que inclui produtos bovinos, caprinos, suínos e aves. A tendência de alta manteve-se no IPCA-15 de janeiro, que mede a inflação prévia de cada mês. O aumento foi de 0,6%.
No acumulado do ano passado, as carnes subiram mais de 11% e impactaram significativamente o bolso do consumidor, que precisou adaptar o carrinho do supermercado por conta da inflação. No caso de alguns cortes, como a picanha, o aumento superou 20%.
Maiores altas em 2021
- Picanha: 24,5%
- Frango inteiro: 21,2%
- Alcatra: 15,87%
- Contrafilé: 13,27%
- Patinho: 11%
Os novos aumentos se explicam por um conjunto de fatores, como o aumento da demanda sazonal no fim do ano e o fim do embargo das exportações de carne bovina do Brasil para a China, anunciado em dezembro.
Esse entrave com a China havia provocado estabilidade nos preços do mercado interno, pois o foco do produtor passou a ser o consumidor nacional. Com a liberação das vendas para a China, cuja demanda é forte, a pressão nos preços volta a crescer.
O secretário executivo do Agronegócio do Estado, Silvio Carlos Ribeiro, afirma que a tendência para 2022 ainda é de alta, em especial por conta da influência dos preços dos insumos utilizados na alimentação dos animais.
Peixes e frutos do mar
Em contrapartida, os frutos do mar ficaram mais baratos no ano passado e, pelo menos neste início de 2022, continuam em queda.
Ao longo de 2021, os pescados registraram retração de quase 2%, e o camarão caiu mais de 7%, apresentando-se como potencial opção econômica às famílias.