Vicunha, BEC e outras: as empresas cearenses que 'saíram da Bolsa de Valores'; veja lista

Das 6 empresas listadas pela B3 com listagem encerrada no passado com sede no Ceará, 4 passaram por um processo de fechamento de capital

Além das 8 empresas cearenses atualmente ofertando ações no mercado financeiro, o Estado já teve outras 6 iniciativas inseridas ou relacionadas às bolsas de valores brasileiras no passado. E segundo o banco de dados da B3, a lista de negócios que fechou capital ou encerrou o processo de listagem passa de 600 no total, considerando todo o mercado brasileiro. 

No Ceará, a lista de empresa com ações na B3 — atualmente contando com Banco do Nordeste, Enel Ceará, Grendene, Hapvida, M. Dias Branco, Pague Menos, e Aeris — poderia ser integrada por mais 5 empresas.

No passado, o banco BEC, a Braustam Hotéis, a Companhia Nacional do Vestuário (CNV), a Vicunha Têxtil, a Master Tecidos Plásticos, e até a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) chegaram a ter capital aberto no mercado ou processos de listagem iniciados para possíveis IPOs (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês). 

Importante ressaltar que o Estado ainda conta com a Arco Educação, que negocia ações na Nasdaq, bolsa de valores nos Estados Unidos. 

Empresas que fecharam capital

Das 6 empresas listadas pela B3 com listagem encerrada no passado com sede no Ceará, 4 passaram por um processo de fechamento de capital. Entre elas está o Banco do Estado do Ceará (BEC), criado pelo então governador Virgílio Távora em 1964 e privatizado em 2006, passando a ser controlado pelo Bradesco em maio daquele ano. 

No mês seguinte, o controlador majoritário iniciou uma Oferta pública de aquisição (OPA) ao preço de R$ 8,49 por ação. A negociação ainda estaria acrescida da variação da Taxa Selic "pró rata-temporis", desde 21 de dezembro de 2005 até a data efetiva de liquidação da oferta. 

A Vicunha também passou por uma OPA, em 2013, pagando o preço de R$ 16,92 por ação. 

Já o Braustam Hotéis teve o registro cancelado após aprovação de 100% dos acionistas. E a CNV teve o registro cancelado pela BVRJ e a Bovespa entre 2001 e 2002.

No caso da Master Tecidos Plásticos, a falta de atualização do culminou na saída da bolsa em 2002.

Listagem encerrada 

O caso da Cagece, no entanto, é um pouco mais complicado. A Companhia chegou a anunciar que iria fazer um IPO, iniciando com um pedido de registro em dezembro de 2019, mas pediu a interrupção em julho de 2020. Desde então, a empresa segue sem prazo de abertura de capital.

"Isso significa que no momento ainda não há uma previsão sobre a retomada do IPO. Logo que houver nova data, o mercado será informado pelos meios de comunicação oficiais", em nota em 2020.

No banco de dados da B3, a empresa teve a listagem cancelada por não ter iniciado a negociação dos valores mobiliários até o "prazo máximo previsto no Regulamento para Listagem de Emissores e Admissão à Negociação de Valores Mobiliários da BM|FBOVESPA". 

Ações encerradas em 2022

Pelo fator dinâmico do mercado financeiro, a B3 ainda indicou que 4 empresas tiveram ações retiradas da lista de negociações. E uma delas envolve outra empresa cearense. 

Em março desde ano, a Notre Dame Intermedica foi incorporada pela cearense Hapvida Participações e Investimentos, tendo cada ação substituída por 5,2436 ação da Hapvida mais uma parcela em dinheiro correspondente a R$ 5,12601160179 por ação. 

Já a Lojas Americanas, a Cosan Logística, e a Omega Geração tiveram os papéis incorporados por empresas do próprio grupo. A lista inclui a Americanas S.A, a Cosan S.A, e a Omega Energia S.A.

Confira a lista geral de empresas brasileiras que saíram da Bolsa de Valores: