Projeto bilionário de energia solar da Kroma vai gerar 750 empregos para cearenses em Jaguaruana

Obras de parque solar deverão começar no segundo semestre de 2023 e têm previsão de conclusão da primeira etapa (250 MW) em janeiro de 2025

O município de Jaguaruana receberá um novo investimento, no patamar de R$ 2 bilhões, para a instalação de novo parque de geração de energia solar. O projeto da Kroma Energia, que deverá gerar cerca de 1.500 empregos, terá pelo menos metade das vagas preenchidas por cearenses. A garantia foi dada por Rodrigo Mello, sócio-fundador da empresa.

Com o planejamento iniciando ainda no primeiro semestre de 2023, o novo parque solar da Kroma no Ceará deverá ser construído por fases, com obras iniciando no segundo semestre de 2023. A previsão de conclusão da primeira etapa, que deverá entregar 250 megawatts (MW) de potência, será finalizada em janeiro de 2025. Com o restante dos 500 MW sendo liberado entre 2026 e 2027.

"É um projeto que devemos iniciar as obras no segundo semestre do próximo ano e é um projeto que está com previsão de conclusão, por ser enorme, para janeiro de 2025 e estamos com o financiamento aprovado. Esse primeiro semestre de 2023 será de planejamento. Já começou tudo, mas estamos nos planejando para começar no segundo semestre", disse Mello.

O sócio-fundador da Kroma ainda explicou que a empresa trabalhará com financiamento junto ao Banco do Nordeste, investindo parte dos R$ 2 bilhões por meio de patrimônio líquido.

"Teremos o financiamento com uma parte pelo Banco do Nordeste e a outra será por equity (patrimônio líquido)", disse.

Empregos e qualificação

Sobre a geração de empregos no projeto em Jaguaruana, Mello afirmou que as primeiras etapas deverão trazer bons números para o mercado da região, gerando um número maior de vagas. Ele ainda reforçou que o projeto pode ser importante para elevar a média salarial do município por conta do nível de qualificação exigido pelos cargos existentes no parque solar. 

Ao todo, das 1.500 vagas de trabalho geradas, 750 deverão ser preenchidas por cearenses, segundo Rodrigo.

"Projeto solar tem fases com empregabilidade muito grande e movimenta muito a cidade. E depois que o projeto está pronto, o legado é ótimo porque a gente deixa profissionais qualificados com nível salarial geralmente mais alto que a média, e isso eleva o patamar, como foi em Quixeré e acho que será similar em Jaguaruana", disse.

A gente já tem muita gente treinada. A empregabilidade nessa primeira fase é muito grande e a preferência é por mão de obra local. Prevemos ter 1.500 pessoas e metade disso deverá ser de mão de obra local".

Além das vagas com os projetos de geração de energia, a Kroma já estuda abrir um escritório administrativo em Fortaleza nos próximos anos. No entanto, ainda não há previsão para o investimento nem tamanho da operação.   

"Estamos pensando em abrir um escritório em Fortaleza. Temos sede em Recife, mas estamos estudando abrir uma unidade aqui", garantiu.

Novos investimentos 

Rodrigo Mello ainda confirmou que a Kroma está estudando fazer um investimento para novo parque solar em Quixeré, servindo como uma "continuação natural" para o projeto que será iniciado em Jaguaruana em 2023. 

A projeção, ainda sem data, se baseia no cenário de que evolução do mercado de energias renováveis no mundo e a elevação da demanda no setor nos próximos anos, puxada pelo desenvolvimento dos grandes mercados, como a Europa. 

Os projetos no Ceará não deverão, contudo, atender outros países, mas focar no mercado livre brasileiro. Entretanto, o aumento de demanda por hidrogênio verde em outros países pode impulsionar os investimentos em energias renováveis.

"A gente acredita que a energia renovável é o futuro, não tem como voltar e está em linha com o que está acontecendo no mundo. A Europa está levando um choque na matriz por conta do gás e está tudo caminhando para a energia renovável", disse

"A gente tem um projeto em Quixeré que seria a continuação natural desse de Jaguaruana, mas a gente não tem previsão ainda porque temos de trabalhar um pouquinho mais nele", completou.