O comércio definiu as pautas prioritárias para trabalhar com o Governo do Estado nos primeiros meses do mandato de Elmano de Freitas. Em reunião na sede da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL), empresários repassaram os pleitos ao secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, o deputado Salmito Filho, na última segunda-feira (7).
A lista de pedidos repassada pelo presidente da Federação, Freitas Cordeiro, inclui um possível suporte financeiro ou patrocínio a projetos da FCDL, como o radar do varejo (estudo de levantamento de dados do mercado); apoio com recursos para projetos de qualificação dos empresários do comércio; e novos modelos para fornecimento de crédito às empresas do setor, podendo incluir a criação de um fundo de desenvolvimento do comércio.
O modelo sugerido por alguns empresários, ainda no modelo de sugestão, seria a adaptação do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI), que foi criado, segundo o Estado, para dar "uma série de benefícios à instalação de empreendimentos industriais, fornecendo incentivos fiscais para promover a industrialização e o desenvolvimento do Estado".
"Nós temos que ir para o detalhamento. Uma reunião como essa, a gente sabe que dá a notícia, mas ela não é conclusiva ou determinante. Temos de manter a proximidade com o governo estadual apresentando nossos projetos para contribuir para o desenvolvimento do Estado. O comércio precisa ser melhor ouvido para não ter surpresas, mas nossa ideia é contribuir", disse Freitas.
Acesso ao crédito
Além do acesso ao crédito, Freitas destacou ser importante capacitar o pequeno empresário para acessar o crédito de baixo custo e grandes oportunidades disponíveis no mercado. O presidente da FCDL destacou os projetos existentes no Banco do Nordeste (BNB) e outros bancos, mas ressaltou que falta qualificação aos empresários.
"De começo, (a nossa prioridade) é qualificação, que é a maior demanda. O crédito já existe, então nosso esforço é prepararmos as nossas empresas para se habilitarem a pegar esse crédito, até porque não é dinheiro a fundo perdido, mas você tem de estar habilitado, e o pequeno às vezes não acredita. Quando o pequeno tem acesso, ele consegue desenvolver suas ações, e o que ele ganha ele ainda divide com o credor. Nossa ideia é levar uma ideia para os empresários, até porque muitas vezes eles são sacrificados", comentou Freitas.
Trabalho articulado
Sobre as demandas do comércio, Salmito Filho afirmou que irá trabalhar para criar um plano articulado de apoio às empresas do Estado, focando o comércio e outros setores. Os projetos seriam definidos no planejamento estratégico anual da SDE e contaria com a análise do governador Elmano de Freitas.
Nas próximas semanas, no entanto, o secretário deverá ter novas reuniões com representantes do comércio para discutir os pleitos e futuros apoios em projetos do setor.
"Nosso objetivo não é fazer ações pontuais, soltas. Queremos fazer ações articuladas. Queremos organizar as coisas, sem achar que vamos organizar a roda, até porque ela já existe, então vamos continuar respeitando o legado que veio antes da gente", comentou Salmito.