Referência maior do esporte brasileiro em todos os tempos, Pelé fez política com a bola nos pés, a camisa amarela no corpo e o número 10 - eternizado - nas costas. Se tornou embaixador do Brasil e da brasilidade no mundo. Teria dado uma enorme contribuição ao País com isso, apenas.
O Rei do Futebol, entretanto, entrou na Política em 1995 para ser ministro do Esporte no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Ficou no cargo por três anos.
E, como no futebol, deixou um legado. Assumiu o cargo com a missão de mudar as relações trabalhistas entre clubes de futebol e jogadores. Deu mais autonomia aos atletas e acabou com a regra do "passe", que mantinha direitos dos clubes sobre os jogadores até mesmo após o fim dos contratos.
Enfrentou resistências dos grandes clubes do País e até mesmo da Fifa, a instituição que gere o esporte no Mundo. A entidade ameaçou, inclusive, excluir o Brasil da Copa do Mundo de 1998 por conta dos debates sobre a lei que acabaria aprovada com o nome dele, Pelé.
Não conseguiu fazer tudo, mas deixou sua marca em um tema ainda hoje delicado na relação entre times e jogadores.
Ao rei, o descanso eterno. E ao Brasil, a eternidade do seu legado e todas as dimensões.