Nota de repúdio de jogadores da Seleção Brasileira saiu pior que a encomenda

"Traque molhado", como se diz no futebol, não causou surpresa

Desde o momento que circularam notícias durante a terça-feira (8) sobre o 'aceite' dos jogadores brasileiros para a Copa América, já se sabia que o movimento dos atletas contra possíveis desmandos da CBF e a organização da competição terminaria com sorrisos amarelados.

Mas a nota divulgada pelos jogadores após a partida, sem ninguém dar a cara a tapa, sem identidade, sem força, sem falar no caso de assédio do presidente Rogério Caboclo e com uma mensagem para lá de frágil, saiu pior do que a encomenda.

Como já disse em texto anterior, o movimento dos atletas enterrou a Seleção Brasileira em seu papel coadjuvante. A postura foi de um grupo fraco, e a nota veio comprovar isso. 

"Importante frisar que em nenhum momento quisemos tornar essa discussão política". Ora bolas, desde o início, o processo envolvendo CBF e Copa América sempre foi político. Se abster, ser contra ou favorável é uma posição política. E agora sabemos qual ela é. E a instituição e os profissionais têm direito de assim pensar, mas que não iniciassem algo que não queriam ou poderiam sustentar.

Veja a cartinha:

"Quando nasce um brasileiro, nasce um torcedor. E para os mais de 200 milhões de torcedores escrevemos essa carta para expor nossa opinião quanto a realização da Copa América.

Somos um grupo coeso, porém com ideias distintas. Por diversas razões, sejam elas humanitárias ou de cunho profissional, estamos insatisfeitos com a condução da Copa América pela Conmebol, fosse ela sediada tardiamente no Chile ou mesmo no Brasil.

Todos os fatos recentes nos levam a acreditar em um processo inadequado em sua realização.

É importante frisar que em nenhum momento quisemos tornar essa discussão política. Somos conscientes da importância da nossa posição, acompanhamos o que é veiculado pela mídia mídia estamos presentes nas redes sociais. Nos manifestamos, também, para evitar que mais notícias falsas envolvendo nossos nomes circulem à revelia dos fatos verdadeiros.

Por fim, lembramos que somos trabalhadores, profissionais do futebol. Temos uma missão a cumprir com a histórica camisa verde amarela pentacampeã do mundo. Somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à Seleção Brasileira."