A Copa do Brasil começa a 3ª fase nesta terça-feira (19). E os dois representantes cearenses na competição, Ceará e Fortaleza, têm compromissos nesta quarta-feira (20), contra Tombense e Vitória, respectivamente.
A Copa do Brasil, acima de Copa do Nordeste e Campeonato Cearense, não é apenas mais uma competição. Ela é fundamental para os clubes por uma questão de orçamento.
É o torneio que melhor remunera seus participantes em uma quantidade menor de partidas. Por já ter avançado à terceira fase, o Ceará já arrecadou R$ 4,67 milhões, por exemplo.
A terceira fase que os times estão agora pagará R$ 3 milhões aos que avancem de fase.
Nos dois últimos anos, os bons desempenhos de Ceará (2020) e Fortaleza (2022) garantiram milhões a mais do previsto, que auxiliaram os times em tempos de pandemia e ainda reforçaram o caixa para que contratações de peso pudessem ser efetivadas.
E tem como conciliar?
A pergunta que não quer calar: a minha avaliação é que é praticamente impossível as duas equipes conciliarem todas as competições com igual condição física e mental.
A última rodada da Série A, que culminou em derrotas de Ceará e Fortaleza, foi uma amostra do quão é complexa uma sequência de jogos com Libertadores e Série A ou Sul-Americana e Série A.
Além do desgaste físico do jogo em si, há desgastes de viagens internacionais e a pressão psicológica das partidas.
Em todo essa cenário, a Copa do Brasil ainda se insere com seu caráter também prioritário. Perder uma classificação no torneio é bastante danoso ao orçamento dos clubes.