Maior fabricante mundial de aerogeradores eólicos, a dinamarquesa Vestas abriu hoje, quinta-feira, 9, no porto de Odensa, a sua gigantesca unidade de montagem de turbinas para os integrantes da Missão Empresarial e Governamental do Ceará que estão conhecendo as mais novas tecnologias de geração de energia offshore (dentro do mar).
O engenheiro Júlio Cavalcante, consultor em energia, petróleo e gás da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do governo do Ceará, disse a esta coluna que ele e todo o grupo cearense viu a montagem de um protótipo de turbina com potência de 15 MW, que será liberada para testes offshore no próximo mês de novembro.
“Foi uma surpresa para nós, porque geralmente a Vestas mantém reserva sobre seus novos produtos até o seu lançamento”, comentou o consultor.
A Vestas tem uma unidade industrial em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza, onde fabrica aerogeradores do modelo V-150, com potência de 4,5 MW. Há pouco mais de dois anos, essa turbina era a mais potente da América Latina.
“No setor de energias renováveis, a tecnologia avança em alta velocidade, o que reduz os custos”, lembra Júlio Cavalcante.
Os cearenses foram recebidos por Michael Olesen e Nikolay Asbo, diretores da Vestas, que levaram a comitiva a percorrer toda a área de operações da fábrica, “que realmente impressiona não só pelo tamanho da área, mas pela alta tecnologia nela empregada”.
Antes de visitarem a fábrica da Vestas no porto de Odensa, a missão cearense esteve na Deme Offshore, uma empresa com sede na Bélgica e incluída entre as maiores do mundo na área de montagem de parques eólicos dentro do mar.
“A Deme é uma âncora com a qual estamos iniciando negociação para atrai-la para o Complexo do Pecém”, diantou Júlio Cavalcante.
Ontem, o time cearense fez “uma visita pelo porto de Odensa, guiada por Jakob Elmkaer, diretor de negócios do porto, que, na sua área interna, emprega 2.500 pessoas, além de mais 6 mil no seu entorno”, informou o consultor, acrescentando: “O salário médio dentro do porto é de 5 mil euros” (R$ 30 mil).
Detalhe: segundo o Conselho Mundial de Energia Eólica (GWEC na sigla em inglês), são gerados, em média, 5.240 empregos por GW onshore e 17.290 por GW offshore.