Assim como o Dnocs, que há anos permanece na UTI do governo, respirando por aparelhos, a Sudene também tem problemas de saúde causados pela depressão cuja origem está localizada na falta de prestígio da autarquia junto à liderança política – os governadores – e empresarial do Nordeste – as federações estaduais das indústrias e da agropecuária.
Seu último boletim médico, porém, trouxe notícias alvissareiras: houve, na Sudene, uma transfusão de sangue com a chegada do seu novo superintendente, Danilo Cabral, que desde ontem se encontra em Fortaleza cumprindo agenda de reuniões com essas lideranças do Ceará.
O ritmo cardíaco e a pressão arterial da Sudene estão, aos poucos, retomando a normalidade, embora seja raquítica sua situação orçamentária, causando o mau funcionamento do sistema renal.
Ontem à tarde, Danilo Cabral, que é pernambucano de Surubim, visitou a sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), a cujo presidente Amílcar Silveira expôs seus planos, que são os mesmos dos seus antecessores e que se resumem na promessa de “reduzir as desigualdades regionais”.
Depois, ao lado do presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, também pernambucano, ele celebrou contrato com o BNB para a operacionalização do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste o FDNE, que terá neste ano R$ 1,2 bilhão para financiar projetos privados na sua área de atuação, que inclui, de modo inacreditável, o Norte do Espírito Santo (que está no Sudeste e tem divisa com o Rio de Janeiro) e o Norte da rica Minas Gerais, também no Sudeste.
Hoje, da agenda cearense de Danilo Cabral consta uma visita ao complexo industrial do Grupo M. Dias Branco, no Eusébio.
Ele conhecerá a empresa que é líder do mercado nacional de massas e biscoitos e que foi incentivada pelo Finor nos bons tempos da Sudene.
Mas a direção da empresa não confirma a visita, que foi informada pela assessoria da Sudene.
Nesta quarta-feira, às 9h30, a assessoria da Sudene informou que a visita ao complexo industrial do Grupo M. Dias Branco está confirmada para as 10:30